Inquérito das rachadinhas de Flávio Bolsonaro e Queiroz vai para 2ª instância no TJ-RJ

O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) julgou um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no âmbito do inquérito das rachadinhas.

Flávio queria tirar o caso das mãos do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal e conseguiu. Mas ele também queria anular tudo o que foi feito até agora, mas isso foi negado.

Por 2 votos a 1, os desembargadores acataram parte do pedido da defesa de Flávio Bolsonaro. Com a decisão, o processo sobre as “rachadinhas” sai da primeira instância e será avaliado pelo Órgão Especial, na 2ª instância.

Mas as decisões do juiz Flávio Itabaiana que atuou até agora no processo continuam valento. Isso significa a manutenção da prisão de Fabrício Queiroz, como também, o mandado de prisão contra a sua mulher, Márcia, que está foragida.

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Queiroz foi preso na semana passada em Atibaia (SP), onde estava escondido numa casa do advogado do senador Flávio Bolsonaro, Frederick Wassef.

O juiz Flávio Itabaiana Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), citou mensagens de Márcia que chegou a comparar o marido com um bandido “que tá preso dando ordens aqui fora, resolvendo tudo”. O objetivo dele seria interferir nas investigações.

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Uma das testemunhas que deixaram de ser ouvidas foi Danielle Nóbrega, ex-mulher do capitão do Bope, Adriano Nóbrega, miliciano morto no começo deste ano pela polícia na Bahia e que era ligado à família Bolsonaro.

Ele chefiava o chamado Escritório do Crime, grupo de milicianos matadores de aluguel e suspeito de envolvimento com a morte da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada pelo crime organizado. Ativista de direitos humanos, a ex-parlamentar denunciava a violência policial e a atuação de milícias nas favelas.