O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) julgou um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no âmbito do inquérito das rachadinhas.
Flávio queria tirar o caso das mãos do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal e conseguiu. Mas ele também queria anular tudo o que foi feito até agora, mas isso foi negado.
Por 2 votos a 1, os desembargadores acataram parte do pedido da defesa de Flávio Bolsonaro. Com a decisão, o processo sobre as “rachadinhas” sai da primeira instância e será avaliado pelo Órgão Especial, na 2ª instância.
Mas as decisões do juiz Flávio Itabaiana que atuou até agora no processo continuam valento. Isso significa a manutenção da prisão de Fabrício Queiroz, como também, o mandado de prisão contra a sua mulher, Márcia, que está foragida.
LEIA TAMBÉM
- PTB apresenta notícia-crime na PGR contra Alexandre Moraes por abuso de autoridade
- Símbolo de trabalho precarizado na pandemia, entregadores de aplicativos deflagram greve no dia 1º
- TRF-4 nega desbloqueio dos bens do espólio de Marisa Letícia
- Olavo de Carvalho ganha novos alunos na crise com o STF
- Molon solicita informações de Heleno sobre compartilhamento de dados das carteiras de motorista
- De solavanco em solavanco, estamos nas mãos do Bonaparte de hospício
- Moro é rejeitado até pela frente ampla ‘Direitos Já’
Polícia faz buscas atrás de esposa de Queiroz em Belo Horizonte
O Ministério Público do Rio de Janeiro ordenou diligências nesta terça-feira (23), em parceria com agentes da Polícia Militar de Belo Horizonte, para tentar capturar Márcia Oliveira, mulher de Fabrício Queiroz.
Queiroz foi preso na semana passada em Atibaia (SP), onde estava escondido numa casa do advogado do senador Flávio Bolsonaro, Frederick Wassef.
O juiz Flávio Itabaiana Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), citou mensagens de Márcia que chegou a comparar o marido com um bandido “que tá preso dando ordens aqui fora, resolvendo tudo”. O objetivo dele seria interferir nas investigações.
LEIA TAMBÉM
O Brasil sequestrado, artigo de Enio Verri
José Dirceu prevê centrão votando o impeachment de Jair Bolsonaro
Sindicatos defendem ampliação do auxílio de R$ 600 e renda básica
Uma das testemunhas que deixaram de ser ouvidas foi Danielle Nóbrega, ex-mulher do capitão do Bope, Adriano Nóbrega, miliciano morto no começo deste ano pela polícia na Bahia e que era ligado à família Bolsonaro.
Ele chefiava o chamado Escritório do Crime, grupo de milicianos matadores de aluguel e suspeito de envolvimento com a morte da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada pelo crime organizado. Ativista de direitos humanos, a ex-parlamentar denunciava a violência policial e a atuação de milícias nas favelas.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.