Indústria dos dossiês invade debate pré-eleitoral em todo o país

Blogueira cascavelense Laís Laíny observa: Uma onda de denuncismo está se formando no cenário pré-eleitoral de Cascavel; depois do caso envolvendo o assessor do deputado estadual Leonaldo Paranhos (PSC), a bola da vez é o deputado estadual Márcio Pacheco (PPL).
Blogueira cascavelense Laís Laíny observa: Uma onda de denuncismo está se formando no cenário pré-eleitoral de Cascavel; depois do caso envolvendo o assessor do deputado estadual Leonaldo Paranhos (PSC), a bola da vez é o deputado estadual Márcio Pacheco (PPL).
A blogueira e jornalista Laís Laíny, em seu blog, afirma que já teve início no país uma verdadeira indústria de dossiês contra políticos. Segundo ela, que utiliza o cenário do município de Cascavel, na região Oeste, como estudo de caso, “uma onda de denuncismo está se formando” no debate pré-eleições 2016 e a bola da vez é o deputado estadual Márcio Pacheco (PPL), pré-candidato à Prefeitura. Leia a íntegra da matéria:

Denúncia de “empresa fantasma” dá start à onda de denuncismo

Uma onda de denuncismo está se formando no cenário pré-eleitoral de Cascavel. Depois do caso envolvendo o assessor do deputado estadual Leonaldo Paranhos (PSC), a bola da vez é o deputado estadual Márcio Pacheco (PPL).

Tentando surfar nessa onda, o assessor do vereador Luiz Frare (PDT), Agnaldo Carvalho – que até poucos meses tinha um cargo na Secretaria de Esportes, foi até à emissora Catve e soltou a “bomba”: Pacheco estaria contratando serviço de locação de veículos de uma “empresa fantasma”, aberta em nome do apoiador da campanha de Pacheco, Claudinei Orben em dezembro de 2014, dias antes do deputado assumir o mandato na Assembleia Legislativa.

Armado com documentos, fotos e print de páginas do Facebook, Agnaldo mostrou que Pacheco contratou a empresa Block Rent a Car para aluguel de carros ao custo de R$ 7.950 por mês mas que no endereço citado funciona uma empresa de guincho e terraplanagem.

Um fato que, claramente, merece explicações visto que, aparentemente, trata-se de algo no mínimo imoral e que vai contra o discurso sempre usado por Pacheco desde quando ele era presidente da Câmara de Vereadores.

Economia

Porém, tão importante quanto conhecer a denúncia é saber quem denunciou.

Agnaldo Carvalho é bastante conhecido no meio político. Ex-assessor do vereador afastado Mario Seibert, Agnaldo foi nomeado como diretor da Secretaria de Esportes depois que se viu sem o cargo de assessor parlamentar.

Agnaldo também esteve envolvido no caso do desvio de pedras da BR-163, que gerou uma CPI da Câmara de Vereadores. Ele teria executado a remoção das pedras sem autorização e chegou a responder criminalmente por falso testemunho em uma acusação feita pelo Ministério Público. Atualmente ele está nomeado no gabinete do vice-presidente da Mesa Diretora, vereador Luiz Frare (PDT), homem de confiança do prefeito, Edgar Bueno (PDT).

As conclusões e questionamentos são os seguintes:

O deputado estadual Márcio Pacheco precisa se manifestar e explicar os fatos aos eleitores.

Agnaldo se coloca como pré-candidato à prefeito em um partido nanico – o PRTB do ex-presidenciável Levy Fidélix – e precisa aparecer. Escolheu o personagem do homem-bomba.

Edgar Bueno sempre deixou claro que não se mistura com Pacheco desde que foi destituído por alguns dias da cadeira de prefeito.

No roteiro dos alvos do tiroteio, comenta-se que há outros pré-candidatos à prefeito. O próximo da lista seria Jorge Lange (PSD).

O assessor do vereador Luiz Frare disse na Catve que está investigando outros deputados estaduais. Haverá também uma bomba contra o deputado André Bueno (PDT)?

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