Indefinição no PSD deixa vereadores pedetistas em saia-justa

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adiou ontem o julgamento sobre a criação do PSD, o novo partido do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. A agremiação seria a tábua da salvação dos infiéis, que buscam uma janela para pular a cerca, isto é, mudar de legenda sem perder o mandato.

Os reflexos dessa indefinição já respingam na sucessão do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB). Dois dos 3 vereadores do PDT ensaiam embarcar na sigla de Kassab, aqui no Paraná comandada pelos deputados Ney Leprevost e Eduardo Sciarra.

O PSD surgiu no Paraná como linha auxiliar do governador Beto Richa (PSDB) e de Ducci.

Os vereadores pedetistas Jairo Marcelino e Roberto Hinça, mais propensos ao troca-troca, chegaram a aventar mudar de partido com o compromisso de apoiar, por debaixo do pano, o ex-deputado Gustavo Fruet — que deverá ingressar no PDT na semana que vem.

O diabo é que, embora Fruet faça esforço para manter os parlamentares na sigla, uma penca de pré-candidatos torce para que os infiéis espirrem fora, pois o coeficiente eleitoral tenderia a diminuir bastante. Calcula-se que, sem os dois vereadores, uma vaga pelo PDT seria conquistada com 3 mil votos.

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