Haddad compelido por Lula a disputar Prefeitura de São Paulo, diz Folha

A Folha anota nesta quarta-feira (12) que Fernando Haddad (PT) está sendo compelido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a disputar a Prefeitura de São Paulo.

No sábado (8), o Blog do Esmael antecipou que a pré-candidatura do ex-senador Roberto Requião (MDB) em Curitiba poderia encorajar a cúpula do PT a lançar Haddad na capital paulistana.

A conexão entre as pré-candidaturas Requião e Haddad é política, pois trata-se de uma tática eleitoral dos campos de centro-esquerda, progressista e nacionalista de retomar algumas das principais capitais brasileiras com vistas às eleições de 2022.

De acordo com a matéria da Folha de S. Paulo, Lula intensificou a pressão para que Haddad se candidate e que “o ex-prefeito já disse não ao líder petista em conversa há poucas semanas, mas interlocutores de ambos acreditam que ele vai reconsiderar”.

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Segundo pesquisas de opinião, apenas Haddad aparece como um petista conhecido e viável para chegar ao segundo turno na capital paulista.

A Paraná Pesquisas vem sondando o cenário eleitoral nas capitais brasileiras desde o ano passado. O instituto informa, por exemplo, algumas marcações importantes para os petistas:

O temor da cúpula do PT, registra a Folha, é que o PSOL se torne a referência da esquerda no maior reduto eleitoral do País. Caso Haddad não concorra à Prefeitura, os petistas não teriam nome mais competitivo. Então, prossegue o jornalão, sobressaiam as candidaturas dos psolistas Guilherme Boulos e Luiza Erundina.

Na prática, a Folha de S. Paulo narra o dilema de seu colunista [Haddad escreve aos sábados no jornal]: ou disputa a Prefeitura ou compara uma bicicleta.

O ex-prefeito teme “queimar etapa” se entrar na peleja deste ano porque ele está de olho ou no Governo do Estado ou na Presidência da República, se Lula não recuperar sua habilitação eleitoral.

“O PT tem chance de ganhar em algumas capitais brasileiras, se apresentar seus melhores nomes na disputa, sejam eles próprios ou aliados”, costuma frisar Murilo Hidalgo, dono da Paraná Pesquisas. E, obviamente, Haddad e Requião se enquadram nessa leitura. Também entrariam no rol de aliados dos petistas, Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e Manuela d’Ávila (MOV-65) em Porto Alegre.