Na guerra, a primeira vítima é a verdade.
O eixo do desenvolvimento econômico e militar se desloca celeradamente para o Oriente, ou seja, China e Rússia, enquanto o Ocidente padece com recessões, inflações e desconfianças.
A crise é de mercado e de perspectivas políticas e econômicas nos países que estão perdendo a supremacia.
Há indícios de que os EUA desejam conflito com a Rússia para ajustar suas contas internas.
As contas americanas são de ordens econômicas e políticas.
Fala-se nos Estados Unidos em aumentar as taxas de juros para manter a confiança em títulos da dívida do governo e conter o surto inflacionário, que elevam os preços.
Do ponto de vista político, o presidente democrata Joe Biden tenta mostrar a que veio porque o ex-presidente republicano Donald Trump já ‘funga’ em seu cangote. Em 2024 haverá nova eleição para a Casa Branca.
O Reino Unido, também palpiteiro no conflito Rússia x Ucrânia, depende de produtos alimentícios ucranianos como grãos.
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Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, tem problemas internos que podem lhe custar o cargo. Ele fazia festinhas na residência oficial enquanto exigia da população distanciamento social na pandemia.
A Rússia acusa os países do Ocidente, principalmente EUA e Reino Unido, de desejarem um ‘Cavalo de Troia’ associando a Ucrânia à OTAN, isto é, uma base militar no quintal russo.
A União Europeia como um todo depende de 30% do gás da Rússia.
A mídia Ocidental, que é macaqueada pelos jornalões de países periféricos como o Brasil, eleva a tensão porque deseja o conflito entre Rússia e Ucrânia, que seria um pretexto aos senhores da guerra ocidentais.
Mesmo anunciando sua retirada da fronteira com a Ucrânia, a Rússia continua sendo alvo da artilharia midiática – apesar dos insistentes desmentidos de Moscou sobre um suposto aumento de soldados e armamentos na região.
Basicamente, o conflito verbal entre Rússia x EUA é mais intenso que o suposto conflito armado entre Rússia x Ucrânia.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.