Guilherme Boulos: “Se Queiroz falar, Bolsonaro cai!” Assista ao vídeo

Guilherme Boulos fala sobre Fabrício José Carlos de Queiroz, o arquivo vivo que assombra a família Bolsonaro e que, se falar, derruba o presidente.

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Queiroz foi preso preventivamente no último dia 18, a pedido do Ministério Público do Rio, na Operação Anjo, dentro do inquérito que investiga um esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio à época em que o político era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Custodiado no presídio de Bangu 8, o ex-assessor foi ouvido na tarde de hoje, na condição de testemunha, pelo delegado da PF do Rio Jaime Cândido. O procedimento foi por videoconferência, para evitar risco de contágio por coronavírus.

O empresário Paulo Marinho, ex-apoiador do presidente Jair Bolsonaro, havia afirmado, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que Flávio Bolsonaro lhe contou ter sido informado por um policial federal do Rio que Queiroz estava na mira da Operação Furna da Onça.

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Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) obtido na operação detectou movimentações atípicas na conta de Queiroz e apontou suspeita de um “rachadinha” no gabinete de Flávio na Alerj.

De acordo com investigadores, em seu depoimento Queiroz negou ter recebido informações antecipadas de investigações. Disse ainda ter sido ele próprio quem pediu para ser exonerado do cargo de assessor do gabinete na Alerj, negando a suspeita de que foi demitido por Flávio após o parlamentar ter obtido as informações confidenciais.

A exoneração de Queiroz ocorreu em 15 de outubro de 2018, uma semana depois do primeiro turno da eleição presidencial e duas semanas antes do segundo. Nesse mesmo dia, a filha de Queiroz, a personal trainer Nathália, foi demitida do gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados em Brasília. Marinho disse que as exonerações foram ordenadas por Bolsonaro.

Como justificativa para seu pedido demissão, Queiroz disse à PF que estava “cansado” de trabalhar como assessor político e que iria cuidar de problemas de saúde.

Como o objeto da investigação da PF é apenas o vazamento de informações da Operação Furna da Onça, o delegado não fez questionamentos sobre o esquema de “rachadinha”, que é alvo de uma investigação do Ministério Público do Rio.

Com informações do Correio Brasiliense.

Folha publica powerpoint sobre elo dos Bolsonaro com Queiroz e as milícias no Rio

A Folha de S. Paulo publicou nesta segunda-feira (29) novo powerpoint sobre o elo da família Bolsonaro, Fabrício Queiroz e as milícias no Rio de Janeiro.

O desenho mostrado pelo jornal, apoiada em informações do Ministério Públio, aponta que o ex-assessor mantinha influência sobre grupo paramilitar e tentou elaborar plano de fuga com miliciano Adriano da Nóbrega, morto em fevereiro, na Bahia.

Segundo a Folha, a proximidade de Queiroz com os Bolsonaro ia além da relação profissional e das rachadinhas na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

A reportagem afirma que Queiroz conheceu há 30 anos no Exército o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

De acordo com a Folha, o presidente foi quem apresentou Queiroz a seu filho Flávio e o indicou ao cargo de assessor na Alerj.

Confira o powerpoint da relação dos Bolsonaro, Queiroz e milícias, segundo a Folha:

Esta é a segunda vez que a Folha publica um powerpoint, a la Deltan Dallagnol, sugerindo que os Bolsonaro comandam uma organização criminosa. No dia 30 de janeiro de 2019, o jornalão paulistano já havia publicado um powerpoint de suposta organização criminosa dos Bolsonaro.

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Ministério Público vai recorrer ao Supremo contra foro privilegiado de Flávio Bolsonaro

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro deve apresentar nos próximos dias uma reclamação ao Supremo Tribunal Federal contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que concedeu foro privilegiado ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos – RJ) no caso das rachadinhas.

O MP vai alegar que o ministro Marco Aurélio Mello, em decisão proferida há mais de um ano, foi claro ao afirmar que as investigações contra Flávio devem tramitar na primeira instância.

Segundo decisão do STF, o foro privilegiado é somente para crimes cometidos durante o mandato em curso, e as rachadinhas são do tempo que Flávio era deputado estadual.

Com informações da Veja.