Reino Unido delibera sobre Projeto de Lei que veta entidades públicas de adotar sanções contra Tel Aviv devido ao conflito na Faixa de Gaza
Michael Gove está prestes a apresentar sua proposta de lei que proíbe órgãos públicos do Reino Unido de implementar boicotes a Israel na próxima semana, uma medida que suscita preocupações entre alguns membros do Partido Conservador, que temem que isso possa agravar as tensões na comunidade britânica em meio ao conflito Israel-Hamas.
O Secretário das Comunidades submeterá a proposta de lei a uma terceira análise na próxima quarta-feira, oferecendo aos legisladores a oportunidade de efetuar emendas antes que o governo busque sua aprovação após o discurso do monarca no próximo mês.
A proposta visa impedir que conselhos locais e outras entidades públicas promovam campanhas de boicote, desinvestimento e sanções contra nações estrangeiras, notadamente Israel.
O governo tem criticado a atitude de dois conselhos liderados pelo Partido Trabalhista por adotarem boicotes contra Israel, e alguns membros do Partido Conservador esperavam que a proposta de lei causasse divisões na oposição.
No entanto, diversas lideranças conservadoras de alto escalão também manifestaram sua oposição a essa medida, argumentando que ela poderia inflamar as tensões entre as comunidades judaica e muçulmana, que já estão exacerbadas devido ao conflito no Oriente Médio.
Crispin Blunt, um parlamentar conservador e codiretor do Centro Internacional de Justiça para os Palestinos, declarou:
“Este projeto de lei, ao conceder tratamento excepcional a Israel, apresenta um dilema formidável. Além disso, ele confere impunidade a nossa relação mais ampla e prejudica a influência do Reino Unido, bem como nossa capacidade de moderar nossos aliados nas terríveis circunstâncias que cercam Gaza.”
Blunt acrescentou:
“O impacto desse projeto na coesão das comunidades é, na prática, altamente nocivo. Prosseguir com esse projeto agora é completamente irracional.”
Outro parlamentar conservador classificou a decisão de avançar com o projeto como “um erro maldito”.
O político afirmou:
“Tenho receio de que possa haver distúrbios nas ruas se seguirmos adiante com isso.”
Um porta-voz de Gove não emitiu comentários imediatos em resposta a um pedido de esclarecimentos.
O ministro, um dos parlamentares mais pró-Israel do parlamento, defendeu a proposta de lei como uma maneira de garantir que os órgãos locais e entidades públicas não adotem medidas que sejam inconsistentes com a política externa do governo do Reino Unido.
Ele declarou no início deste ano:
“Essas campanhas de boicote, desinvestimento e sanções não apenas minam a política externa do Reino Unido, mas também dão origem a retórica terrivelmente antissemita e abusos. Minha mensagem para essas organizações é que continuem com seu trabalho e foquem em servir ao público.”
Gove foi criticado por mencionar especificamente Israel na proposta de lei e por se referir aos territórios palestinos ocupados como se fossem parte indiscutível de Israel.
Alguns parlamentares conservadores se rebelaram quando a proposta de lei passou por sua segunda análise em julho, mas ela foi aprovada com facilidade com o apoio do Partido Trabalhista.
Desta vez, a proposta pode causar mais desafios para o líder trabalhista, Keir Starmer, que já enfrenta forte pressão dos membros de seu partido e de alguns parlamentares para expressar maior solidariedade ao povo de Gaza.
Os conservadores que se opõem à proposta de lei afirmam que estão mais preocupados com as possíveis repercussões nas relações comunitárias no Reino Unido do que com as divisões no parlamento.
Nesta semana, os chefes do MI5 e do FBI emitiram um aviso conjunto sem precedentes de que a crise no Oriente Médio poderia aumentar a probabilidade de um ataque terrorista interno.
A França e a Bélgica sofreram ataques terroristas nos últimos dias, incluindo o tiroteio de dois torcedores de futebol suecos em Bruxelas na segunda-feira e um suposto extremista islâmico que matou um professor e feriu outras três pessoas na sexta-feira passada.
Rishi Sunak, o primeiro-ministro do Reino Unido, esteve em Israel na quinta-feira para se encontrar com seu homólogo, Benjamin Netanyahu.
Sunak expressou seu apoio:
“Estaremos unidos em solidariedade a você e ao seu povo. Também desejamos que alcancem êxito.”
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Para ver como é o Mundo dos ricos. Os palestinos que estão levando bomba de tudo quanto é jeito, ninguém se importa com eles, até ontém, vi o comunicado hipócrita do Biden em dizer que tem que proteger os palestinos, mas, diz que os israelitas tem autorização para matar todos, sendo ou não extremistas. Agora como a ONU irá fazer para punir os que cometeram crimes de guerra, tanto do lado de Israel, quanto do lado do Hamas, porque, nem todos os palestinos são terroristas, aliás, até acho que são poucos, porque estes grupos de extremistas, vem de tudo quanto é lado. Como bem disse a Porta Voz russa, os americanos lucram com a desgraça alheia e boicotaram o Brasil, porque querem passar o atestado de eles vão resolver o conflito. Vão resolver deste jeito? Mandando armadas para a costa da Palestina e dando dinheiro para os israelitas extreminarem os palestinos? Como já disse o Presidente Lula, está na hora de acabar com está palhaçada de cinco país, serem efetivos no Conselho de Segurança da ONU, e produzirem situações de apoio ao extremínio de pessoas que não fazem parte do conflito. Foi 12 votos a favor do relatório produzido pelo Brasil. e uma mané americana, o descredenciou para dar ao Biden a chance de aparecer, mas, a situação melou, quando os israelitas bombardearam um hospital, e os países árabes que iriam o receber, pediram para volta para sua casa e sumir o Oriente Médio. Já está na hora da ONU rever tudo isso, para o bem da humanidade. Não se pode um pesar mais que 12 votos.