Governo planeja dar ‘resto de comida’ aos pobres famintos; Gleisi protesta

O governo do presidente Jair Bolsonaro planeja distribuir resto de comida e alimentos vencidos à população com insegurança alimentar, qual seja, aos pobres famintos.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, revelou nesta quinta-feira (17/6) sua proposta de distribuir resto de comida para “pessoas fragilizadas, mendigos, pessoas desamparadas” em situação de fome no Brasil.

Guedes, mostrando desprezo aos despossuídos, falou hoje à Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Enquanto o ministro da Economia defendia dar resto de comida, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, além de apoiar Guedes, cogita distribuir alimentos vencidos aos vulneráveis.

“Não é de hoje o desprezo de Guedes com os pobres. Mas a perversidade não tem limites e ele defende dar resto de comida pra quem tem fome. Pra completar o terror, Tereza Cristina, da Agricultura, fala em alimentos vencidos. Não basta o vírus e a fome, esse governo é higienista!”, protestou a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidenta nacional do PT.

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“O prato de ‘um classe média’ europeu é pequeno, no nosso, há uma sobra enorme. Precisamos pensar como utilizar esse excesso no dia a dia. Aquilo dá para alimentar pessoas fragilizadas, mendigos, pessoas desamparadas. É muito melhor que deixar estragar”, justificou Guedes.

Economia

“Como utilizar esses excessos que estão em restaurantes e esse encadeamento com as políticas sociais, isso tem que ser feito. Toda aquela alimentação que não for utilizada durante aquele dia no restaurante, aquilo dá para alimentar pessoas fragilizadas, mendigos, desamparados. É muito melhor do que deixar estragar essa comida toda”, completou o ministro da Economia.

O governo optou pela depressão econômica no País, que é a soma de aumento de desemprego, falência de empresas, queda na produção, baixos investimentos, carestia, dentre outras características.

A discussão de Guedes e Tereza Cristina, ministros da Economia e Agricultura, respectivamente, é prova concreta de que bancos e banqueiros continuam no comando da nação mesmo sem nunca eles terem tido um único voto.

Nesse projeto neoliberal, ora em curso, o povo não cabe. Diferentemente do governo Bolsonaro, o Blog do Esmael pensa que o povo é a solução para o desenvolvimento econômico, social e político do País –por meio da retomada da produção, do emprego e do consumo.