O diamante premiado de Ratinho Jr. não é eterno
Em uma reviravolta surpreendente, o governo do Paraná afastou o diretor Wilson Cabral de Godoy e a diretora auxiliar Raquel Souza de Lima do Colégio Estadual Bento Munhoz da Rocha, em Colombo, região metropolitana de Curitiba. Essa decisão contradiz o reconhecimento que ambos receberam menos de um ano atrás, quando foram agraciados com o certificado “Diamante” pelo excelente desempenho no Ideb 2021. A notícia do afastamento desses diretores causou indignação e mobilização na comunidade escolar.
O certificado “Diamante” é uma honraria concedida pelo governo do Paraná para reconhecer o sucesso no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O Colégio Bento Munhoz da Rocha Neto alcançou a impressionante marca de 5,9 no Ideb, o melhor resultado do município e o 50º do estado. Esse feito colocou a escola como referência em educação no Paraná.
No entanto, para surpresa de todos, o “diamante” conferido pelo governador Ratinho Jr. e pelo então secretário Renato Feder não garantiu a permanência dos diretores no cargo. A Secretaria de Estado da Educação (Seed) alegou insuficiência no cumprimento de metas de frequência e uso de plataformas digitais como justificativa para destituí-los.
Segundo o Núcleo Regional de Educação, Wilson e Raquel não conseguiram atingir o índice mínimo de 85% de frequência em 2022, como exigido. No entanto, o diretor contesta essa avaliação, afirmando que a média anual de frequência da escola foi de 87%. Ele ressalta que em dias de chuva é natural que haja um maior número de faltas, algo que foi levado em consideração nas reuniões com o Núcleo, mas que aparentemente foi ignorado.
Além disso, o NRE também alegou descumprimento de metas de acesso às plataformas digitais. O Colégio Bento Munhoz da Rocha Neto possui apenas um laboratório de informática, o que dificulta o atendimento de todas as turmas e o uso adequado das plataformas. Wilson argumenta que o empenho da equipe para organizar o acesso com os recursos disponíveis não foi suficiente para as exigências do Núcleo.
A destituição dos diretores, que estavam nos cargos há sete anos, deixou Wilson orgulhoso dos resultados alcançados durante sua gestão. Ele destaca a redução significativa dos indicadores.
Moral da história: o diamante premiado de Ratinho Jr. não é eterno.
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