Governo Bolsonaro: ‘Vamos acabar com o auxílio emergencial no fim deste ano’

O governo Bolsonaro bateu o martelo. O auxílio emergencial às pessoas mais vulneráveis, sem renda, acabará ainda neste fim de ano. É o que disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quarta-feira (9), numa videoconferência voltada a investidores estrangeiros, no evento “Asia Summit”, promovida pelo Milken Institute.

Coração de pedra com os mais humildes e coração generoso com os banqueiros, Guedes prometeu que o fim do auxílio emergencial está muito próximo.

“Acho que isso vai acontecer antes do fim do ano. Dois dias atrás, demos outro sinal, de que vamos acabar com o auxílio emergencial no fim desse ano. Estamos dando sinais que estamos removendo gastos extraordinários com a pandemia e, ao mesmo tempo, reduzindo subsídios”, afirmou o ministro.

Guedes retomou hoje o mantra do teto de gastos sociais e garantiu que o governo pode anunciar, ainda neste ano, uma redução de subsídios em vários setores. Porém, o ministro não informou quem seriam os alvos da tesoura.

“Vão respeitar o teto de gastos, ou vão manter esses gastos transitórios adicionais, e superar o teto? E a resposta é: de jeito nenhum [o teto será desrespeitado]. Vamos voltar às reformas”, prometeu o ministro da Economia.

As reformas de que falou Paulo Guedes são as privatizações de ativos –patrimônio público– que, criminosamente, o governo quer transferir para mãos de privadas. O ministro ora diz que as estatais valem R$ 1 trilhão, ora diz que valem R$ 2 trilhões, uma margem de erro importante para a venda de bens que pertencem a todos nós.

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