Governador de Nova York renuncia após denúncias de assédio sexual

O governador Andrew Cuomo, de Nova York, comunicou nesta terça-feira (10/08) sua disposição de renúncia para daqui a 14 dias. O anúncio foi feito depois que um relatório do procurador-geral do estado descobriu que ele havia assediado sexualmente 11 mulheres. A nova governadora será a democrata Kathy Hochul, de 62, a primeira mulher a ocupar o importante cargo.

Hochul já foi deputada e era vice-governadora desde 2015. Como vice, ela ficou encarregada de uma campanha contra violência sexual em universidades do estado —e o chefe dela deixou o poder justamente por acusações de assédio sexual. Ela vai ficar no cargo até o final de 2022.

O estado de Nova York vai ter uma mulher como líder pela primeira vez em seus 233 anos de história.

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“Dadas as circunstâncias, a melhor maneira de ajudar agora é me afastar e deixar o governo voltar a governar”, disse Cuomo em comentários transmitidos de seu escritório em Midtown Manhattan. “E, portanto, é isso que vou fazer.”

Cuomo renunciou depois de apelos do presidente americano Joe Biden e de líderes democratas, que deixaram o governador politicamente isolado.

Na verdade, o governador Cuomo renunciou para não precisar enfrentar um processo de impeachment para removê-lo do cargo. Se permanecesse, ele poderia ser o segundo governador a ser impichado na história o estado.

O governo Cuomo foi marcado por avanços civilizatórios importantes: a passagem do casamento gay, aumento do salário mínimo, a construção de pontes e estações de trem. No entanto, também houve escândalos políticos, como sua decisão de fechar um painel que investigava a corrupção pública antes que seu trabalho fosse concluído.