Globo manda Temer acabar com o ensino gratuito; o interino vai obedecer

temer_globoO interino Michel Temer (PMDB) é o atraso do atraso do atraso. Ou seja, seu governo poderá acabar com conquistas sociais centenárias como a Lei Áurea e o ensino superior gratuito, mais recente, cujo direito foi inscrito na Constituição Federal de 1988. A ordem para cobrar mensalidades nas universidades públicas partiu neste domingo (24) do editorial d’O Globo. Obediente, Temer deverá fazê-lo após o impeachment.

A cantilena é a mesma manjada de sempre: ‘os ricos estudam de graça e os pobres pagam mensalidade’. Ora, por que não se resolve essa falsa dicotomia ampliando o número de vagas nas universidades públicas?

Não é apenas figura de retórica dizer que o golpista revogará a Lei Áurea, a que libertou os escravos. A tentativa de ampliar a jornada de trabalho para 80 horas semanais, como exige o sistema S, e o fim do ‘legislado sobre o negociado’, bem como o ataque à estrutura sindical, representarão revés concretos aos trabalhadores brasileiros, que ficarão em situação análoga à pré-1888.

O interino Michel Temer pretende reservar ao país uma espécie de neocolonialismo subordinado, sobretudo, aos interesses econômicos e geopolíticos dos Estados Unidos.

Note o caro leitor que o Globo não diz ao vento “fim do ensino superior gratuito”. O jornalão da família Marinho ecoa uma posição de governo já reverberada na entrada do ministro interino da Educação Mendonça Filho, que já avisou qual seria a direção tomada na área pelo golpismo.

Se aprovado o modelo privado de ensino superior no país necessariamente cairá, também, o sistema de ensino superior gratuito do Paraná. As instituições de ensino superior (IES) há muito estão na mira do governador Beto Richa (PSDB), que sistematicamente vem buscando maneiras de desobrigar-se dessa modalidade de ensino.

Economia

Portanto, o fim da gratuidade do ensino – agora no superior, depois no ensino médio – é uma prova inconteste de que o golpe e a Globo fazem mal ao Brasil.

Até este instante, ninguém bateu panelas pela educação nacional. Mais tarde poderá ser tarde demais.

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