Gleisi Hoffmann liderou carreata no DF, após a polícia chutar o pau da barraca de Sara Winter

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), comandou uma carreata neste sábado (13), em Brasília, pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Durante o trajeto, a dirigente petista parou para um registro fotográfico do mago Ricardo Stuckert. Detalhe: ao fundo ficava o acampamento dos 300 [na verdade trinta] de Sara Winter, a militante de extrema direita, cuja barraca teve o pau chutado na manhã de hoje pela PM do DF.

“Hoje participei de uma grande carreata em Brasília #ForaBolsonaro”, tuitou Gleisi. “As ruas não são dos fascistas nem da extrema direita”, comemorou.

Segundo Gleisi Hoffmann, as ruas da capital federal tem resistência e luta. “Em muitas cidades hoje e amanhã as manifestações acontecerão”, convocou.

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Economia

Para usar uma expressão em voga desses tempos de Covid-19, os grupos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já respiram por aparelhos. Eles são minoritários, perderam força e neste domingo (14) tentarão recuperar algumas ruas no País.

O principal campo de batalha será São Paulo, maior cidade do Brasil, que concentrará manifestações a favor e contra Bolsonaro.

No domingo passado (7), apenas 100 bolsonaristas estiveram na Avenida Paulista ante uma multidão contrária ao presidente da República que ocupou o Largo da Batata, na região do Pinheiros.

Amanhã, no entanto, os contrários a Bolsonaro se reunirão em frente ao MASP, na Paulista, a partir das 14h. Os que defendem correligionários de Bolsonaro, por sua vez, se concentrarão no Viaduto do Chá, também área central da capital paulista.

A saída do ex-ministro Sérgio Moro do governo, no final de abril, ajudou enfraquecer politicamente o bolsonarismo e Bolsonaro. A Lava Jato e, por consequência, o lavajatismo era um braço importante na mobilização dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

Reunindo cada vez menos gente, os atos em apoio a Bolsonaro tem se resumido a bravatas, xingamentos e atos de violência de facto ou simbólicos dos chamados bolsominions, que acabam atraindo a atenção pela forma bisonha que agem. Vide o caso da invasão de um hospital no Rio, após orientação do presidente da República.

Todas as últimas manifestações em apoio a Bolsonaro, que viraram um fiasco de público, ele mesmo deu um jeito de criar um factoide para abafar a queda de seu castelo de cartas. Seja dando declarações esdrúxulas, seja fazendo irresponsáveis aglomerações sem graça nenhuma.

Portanto, caro leitor, não espere nada diferente para este domingo.

Por outro lado, o comitê central da burguesia paulistana já definiu que Jair Bolsonaro vai cair. A questão é quando e o modus operandi. Por isso, tic-tac, tic-tac, tic-tac…