Gleisi defende validade de delação de Dario Messer contra Globo

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), defendeu neste sábado (15) a validade da delação premiada do doleiro Dario Messer contra os donos da Rede Globo.

A dirigente petista ironiza a emissora dos Marinho que pedem a presunção de inocência diante da homologação da delação de Messer pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, no âmbito da Lava Jato.

“Agora, para a Globo, palavra de delator não vale”, disse Gleisi. “Família Marinho nega ter recebido dinheiro do doleiro e diz que não há provas”, estranha a parlamentar do PT.

“Haverá investigações? Consequências jurídicas? Ou ficará como um causo do instituto da delação, tão defendido pela emissora?”, disparou Gleisi Hoffmann.

Segundo delação de Dario Messer, o doleiro dos doleiros afirmou que realizou repasses de dólares em espécie para os Marinho em várias ocasiões. De acordo com o delator, a entrega dos pacotes de dinheiro acontecia dentro da sede da Rede Globo, no Jardim Botânico. Messer diz que um funcionário de sua equipe entregava de duas a três vezes por mês quantias que oscilavam entre 50 mil e 300 mil dólares.

Além de Gleisi, outras lideranças do PT também se manifestaram sobre a reivindicação da Globo pela presunção de inocência. Para os petistas, nesse caso, há uma presunção de verdade na delação do doleiro porque é assim que a família Marinho age deslealmente com os adversários político.

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Bolsonaro vai voltar ao PSL porque cometeu um erro político ao sair do partido

Quer queira quer não o senador Major Olímpio (PSL-SP), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) irá voltar à condição de filiado número um do Partido Social Liberal (PSL). É questão de tempo. Brevíssimo tempo.

“Quem disse a ele que o PSL o quer de volta? É uma reconciliação impossível e, se a maioria do PSL tiver vergonha na cara, não o aceita. Mais fácil o PSL aceitar a filiação do Lula”, declarou o senador nesta sexta-feira (14).

Embora o parlamentar paulista bravateie contra o retorno, o presidente nacional do PSL, deputado Luciano Biva (PSL-PE), já acertou a reacomodação de Bolsonaro na sigla com vistas às eleições de 2022.

Portanto, Jair Bolsonaro irá abandonar de vez o projeto de criação do novo partido ‘Aliança pelo Brasil’ –ao menos para disputar a reeleição daqui a dois anos.

A questão que fez o presidente da República enfiar o rabinho entre as pernas e voltar ao partido que o elegeu ao Palácio do Planalto chama-se fundo eleitoral. O PSL tem a segunda maior bancada da Câmara (perdendo apenas para o PT) e poderá receber R$ 737 milhões até 2022.

O Aliança pelo Brasil não tem direito ao fundo eleitoral em 2022 porque não tem nenhum deputado eleito, critério adotado pelo TSE para repartir o bilionário fundo eleitoral entre as legendas.

Para ter acesso ao fundo eleitoral, o partido precisa eleger bancada federal e receber proporcionalmente ao número de eleitos.

O casamento do PSL e de Bolsonaro está sendo refeito com base no interesse financeiro mútuo, sem nenhum amor ou afeto recíprocos. É uma relação de conveniência. É tudo por dinheiro, pois.

Resumo da ópera: Major Olímpio terá de engolir Bolsonaro e seus filhos 01, 02, 03 e 04.

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Para 61%, o Brasil é um país racista, diz a Paraná Pesquisas

A Paraná Pesquisas afirma neste sábado (15) que 61% consideram o Brasil um país racista.

Para 66,7% dos entrevistados, o problema do racismo no Brasil é pior do que nos Estados Unidos.

39,6% já presenciaram um ato de discriminação racial contra outra pessoa e 18,8% já foram vítima de preconceito em razão da cor da pele.

A maioria das pessoas que disseram ter sido discriminada o foram no comércio, seguindo do ambiente do trabalho.

De acordo com a Paraná Pesquisas, 56,7% não acreditam que negros e brancos têm oportunidades iguais no Brasil.

Confira a íntegra da entrevista sobre o racismo no Brasil:

O Brasil é um país racista?

  • Sim 61,0%
  • Não 34,5%
  • Não sabe/ não opinou 4,5%

O problema do racismo no Brasil é pior do que nos Estados Unidos?

  • Não 67,6%
  • Sim 22,0%
  • Não sabe/ não opinou 10,4%

O Sr(a) já presenciou um ato de discriminação racial contra outra pessoa?

  • Não 59,5%
  • Sim 39,6%
  • Não respondeu 0,9%

O Sr(a) já foi vítima de preconceito em razão da cor da pele?

  • Não 80,4%
  • Sim 18,8%
  • Não respondeu 0,8%

Em qual ambiente o Sr(a) foi vítima de preconceito em razão da cor de sua pele?

  • Não 80,4%
  • Sim 18,8%
  • Não respondeu 0,8%

Entre aqueles que já sofreram preconceito em razão da cor da pele. Em qual ambiente o Sr(a) foi vítima de preconceito em razão da cor da pele?

  • Não lembra/ não sabe/ não respondeu 1,2%
  • Em estabelecimentos comerciais 5,2%
  • No trabalho 4,5%
  • Em áreas ou instituições públicas 4,0%
  • Nas relações pessoais ou familiares 1,5%
  • Em outros ambientes 2,5%

Negros e brancos têm oportunidades iguais no Brasil?

  • Não 56,7%
  • Sim 43,3%

Possivelmente a percepção do racismo seria maior se a pesquisa tivesse sido realizada exclusivamente entre as pessoas da cor preta.
O levantamento ocorreu entre os dias 19 e 23 de junho de 2020. Foram entrevistados 2.240 brasileiros de 26 estados e o Distrito Federal. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.

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Após pedido de impeachment, Damares exclui movimento negro do Conselho de Igualdade Racial

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, do governo Bolsonaro, Damares Alves, anulou 14 mandatos entre titulares e suplentes, do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR) que eram ocupados por membros do movimento negro. A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) também foram excluídas do CNPIR.

O conselho tem seus integrantes escolhidos a cada dois anos por meio de seleção junto à sociedade civil. Em dezembro de 2018, os integrantes do conselho foram designados para um mandato de dois anos referente ao biênio entre 2019 e 2020.

O CNPIR é um órgão que tem como principal missão propor políticas de promoção da igualdade racial, com ênfase na população negra e outros segmentos raciais e étnicos da população brasileira. Além do combate ao racismo, o Conselho tem por missão propor alternativas para a superação das desigualdades raciais, tanto do ponto de vista econômico quanto social, político e cultural, ampliando, assim, os processos de controle social sobre as essas políticas.

Para isso o CNPIR anualmente avalia a proposta orçamentária da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e lhe cabe sugerir as prioridades com que os recursos do setor serão empenhados.

Os conselheiros que perderam os mandatos são representantes dos seguintes segmentos: organizações de representação do movimento negro, juventude negra, quilombolas, trabalhadores, estudantes, pesquisadores negros e comunidade árabe.

Os conselheiros do movimento negro que tiveram seus mandatos anulados são: Danilo Rosa de Lima (do Educafro), Ângela Cristina Santos Guimarães (da União dos Negros pela Igualdade), Ângela Maria da Silva Gomes (Movimento Negro Unificado), Rosilene Torquato de Oliveira (Agentes de Pastoral Negros do Brasil), Moara Correia Saboia (Coletivo Nacional de Juventude Negra), Maria Rosalina dos Santos e José Alex Borges Mendes (Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas).

O ministério justificou as destituições alegando que algumas das organizações estariam exercendo um 4º mandato consecutivo junto ao conselho, o que, segundo o governo Bolsonaro, não seria permitido.

As entidades do movimento negro que foram excluídas pelo governo Bolsonaro do Conselho fazem parte da Coalizão Negra por Direitos que, nesta quarta-feira (12), protocolou um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro por causa da morte de mais de 100 mil pessoas vítimas da Covid-19.

A Coalizão é um movimento composto por mais de 100 outras entidades que representam o movimento negro em diversos estados do país.

No lugar do primeiro titular do conselho representando o movimento negro (Danilo Rosa de Lima), foi indicado José Luiz Teixeira, do Instituto Sorriso Negro dos Campos Gerais (INSEC), que não faz parte da Coalizão que pediu o impeachment de Bolsonaro.

Datafolha: 47% dizem que Bolsonaro é “inocente” no caso de 100 mil mortes

O instituto Datafolha afirma que 47% dos brasileiros veem o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como “inocente” no caso das 106 mil mortes pelo novo coronavírus. Segundo levantamento publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira (14), quase metade dos entrevistados exime o presidente da República de qualquer culpa em relação aos óbitos por Covid-19.

Confira os números da pesquisa realizada entre os dias 11 e 12 de agosto. Foram entrevistadas 2.065 pessoas. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.

  • Não tem culpa: 47%
  • Principal culpado: 11%
  • Um dos culpados, mas não o principal: 41%
  • Não sabe: 2%

De acordo com o Datafolha, 49% dos entrevistados afirma que Bolsonaro não é responsável pelo avanço do coronavírus no Brasil ante 33% que dizem que, sim, o presidente é o responsável.

O instituto também perguntou ao entrevistado se Bolsonaro é responsável pelo avanço do coronavírus no Brasil. O resultado:

Para 49% da população, o Brasil não fez o necessário para evitar as mais de 100 mil mortes por coronavírus e 24% dizem que foi feito o necessário. Nada que o país fizesse evitaria esse número de mortes, segundo 22% dos entrevistados e 6% não souberam responder.

Os governadores de estados também são isentos de culpa por 55% dos entrevistados pelo Datafolha. Apenas 24% acreditam que os gestores estaduais são muito responsáveis pelo avanço do coronavírus no Brasil.

O Datafolha ainda carimbou o ministro da Saúde como “fantasma”, pois, de acordo com o instituto, 88% dos brasileiros não sabem que a pasta é comandada interinamente pelo general Eduardo Pazzuelo.