O ministro do STF Gilmar Mendes ficou “puto” com o vazamento dos pedidos de prisão de políticos do PMDB. Ele considerou uma “brincadeira” a divulgação da solicitação do procurador-geral da República Rodrigo Janot.
Dentre os que tiveram o pedido para serem “guardados” em Curitiba estão os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá; o ex-presidente José Sarney e o Eduardo Cunha.
Os peemedebistas, que integram o núcleo duro do governo provisório de Michel Temer, são acusados de obstrução às investigações da Lava Jato.
Janot baseou-se nas gravações do ex-senador Sérgio Machado para solicitar as prisões.
O mesmo Gilmar Mendes, na semana passada, não tinha visto “nada de mais” nas conversas que tramavam o fim das investigações e conspiravam pelo impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff.
Renan concorda com o ministro do Supremo. Em nota, o presidente do Senado considerou a iniciativa de pedir sua prisão “desproporcional e abusiva”.
Jucá, assim como Gilmar e Renan, achou um “absurdo” pedido de Janot para guardá-lo na gélida República de Curitiba.
Contexto
Nas gravações, Jucá revelou a existência de um pacto com o Supremo para livrar o núcleo criminoso do golpe de Estado das garras do juiz federal Sérgio Moro.
Já Renan avançou ainda mais ao sinal quando disse que Janot era mau caráter. O procurador-geral não deve ter gostado disso.
Sarney, assim como Jucá e Renan, tentou atrapalhar a Lava Jato de todas as maneiras, de acordo com os áudios de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro.
Eduardo Cunha, da mesma forma, tenta deter a Justiça e o Conselho de Ética da Câmara, que luta para cassá-lo há 7 meses.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Comments are closed.