O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse numa videoconferência que o Exército Brasileiro está se associando a um genocídio, ao se reportar à maneira como o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se comporta frente à pandemia do novo coronavírus.
O ministro do STF disse que a situação se agrava porque ainda falta um titular no Ministério da Saúde. A pasta é ocupada interinamente pelo general Eduardo Pazuello desde 15 de maio.
O Brasil tem 1,840,812 casos confirmados de coronavírus e 71,492 mortes, de acordo com site Worldometer, que monitora mundialmente os dados sobre a COVID-19.
Durante a videoconferência realizada pela revista IstoÉ, Gilmar disse que não podemos mais tolerar essa situação que se passa no Ministério da Saúde.
“Não é aceitável que se tenha esse vazio. Pode até se dizer: a estratégia é tirar o protagonismo do governo federal, é atribuir a responsabilidade a estados e municípios. Se for essa a intenção é preciso se fazer alguma coisa”, afirmou.
Aí o ministro do STF alertou o Exército pela associação ao genocídio em curso no País:
“Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso”, declarou Gilmar Mendes.
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Empresas privatizadas serão reestatizadas sem indenização, diz Requião
O ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), em nome da Frente pela Soberania Nacional, alertou que as empresas privatizadas nos governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (sem partido) serão reestatizadas em breve sem indenização aos compradores.
“Paulo Guedes, operador do sistema financeira, representante do capital vadio, partiu para privatizar empresas públicas e o Banco do Brasil”, denunciou.
De acordo com Requião, o governo não tem autorização popular para vender empresas estratégicas do Brasil.
“Quem compra mercadoria roubada está cometendo crime de receptação”, afirmou em uma mensagem dirigida a funcionários do Banco do Brasil, que se reúnem neste domingo (12).
“Mais tarde, com a retomada do poder pelo povo, as empresas terão de ser devolvidas em indenização” afirmou Requião. “Quem recepta mercadoria roubada não tem direito a indenização nenhuma”, alertou.
Assista ao vídeo:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.