General Villas Bôas tira sarro de ministros do STF “faísca atrasada”

A tardia manifestação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), acerca da pressão das Forças Armadas na véspera do julgamento de um habeas corpus de Lula, em 2018, ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (16) de Carnaval. O general Villas Boâs ‘rachou o bico’ de tanto rir de Edson Fachin e Gilmar Mendes, que também entrou na polêmica.

“Três anos depois”, ironizou o militar, que conta em um livro lançado recentemente que o comando das Forças Armadas redigiu textos para pressionar o STF.

Em 3 de abril de 2018, véspera do julgamento do habeas corpus de Lula, do qual Fachin era relator, Villas Bôas escreveu a quatro mãos no Twitter: “Nessa situação em que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do país e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais”.

O problema é que o Supremo se acovardou na época, ficou com medo, e obedeceu as ordens dos milicos.

Embora eles soubessem em 2018 o que estava acontecendo, pois o tema foi amplamente discutido, inclusive aqui no Blog do Esmael, foi preciso três anos para que Fachin e Gilmar se manifestassem.

O ministro Gilmar Mendes, um dos melhores quadros do STF, também passou recibo ao bradar hoje “Ditadura nunca mais!” em sua conta no Twitter.

Economia

“A harmonia institucional e o respeito à separação dos poderes são valores fundamentais da nossa república. Ao deboche daqueles que deveriam dar o exemplo responda-se com firmeza e senso histórico: Ditadura nunca mais!”, escreveu hoje Gilmar.

Gilmar votou favoravelmente ao habeas corpus para o ex-presidente Lula ao lado de Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello.

Cederam à pressão dos militares, não concedendo habeas corpus ao petista os seguintes ministros do Supremo: Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Cármen Lúcia

A prova dos noves será no julgamento do novo habeas corpus, na 2ª Turma do STF, que pede a suspeição do ex-juiz Sergio Moro.

A história, leitor, já começou cobrar a fatura com juros e correções monetárias.

Portanto, coragem ministros! Muita coragem!