Garganta Profunda de Londrina: Beto Richa vai privatizar “na mão grande” a Copel e Sanepar; vai ter panelaço?

mauro_sanepar_richaGarganta Profunda de Londrina, principal informante do Blog do Esmael no Palácio Iguaçu, divulga o script do governador Beto Richa (PSDB) para pôr as “mãos peludas” na Copel e na Sanepar. Segundo o nosso Julian Assange das Araucárias, o tucano pretende dar as ações das empresas públicas – sem passar pela Assembleia – em garantia pela suspeitíssima “antecipação de recebíveis” que poderão chegar a R$ 6 bilhões.

“Por esse valor de R$ 6 bilhões o Estado do Paraná vai receber a fabulosa quantia de R$ 3 bi!”, ironiza.

De acordo com o X-9 mais famoso das Américas, que tem acesso fácil ao 3º andar do Palácio Iguaçu, a maracutaia teria sido planejada antes da posse do secretário Mauro Ricardo Costa, titular da Fazenda, indicado para o cargo pelo lobista Luiz Abi Antoun, primo do governador Beto Richa.

No início de fevereiro deste ano, o Blog do Esmael repassou informações sobre a “Paraná Securitização” bem antes do “pacote de maldades” que previa a criação da Companhia Paranaense de Securitização (PRSEC). Essa nova empresa, criada oficialmente no dia 29 de abril, dia do massacre no Centro Cívico, tem o objetivo de liquidar o patrimônio público dos paranaenses, conforme relatou o informante ainda em dezembro de 2014.

A seguir, leia a íntegra do relatório especial de Garganta Profunda de Londrina:

O Senhor Mauro Ricardo veio ao Paraná a convite do Sr. Beto Richa, por intermédio do primo lobista Luiz Abi Antoun e do BTG Pactual – aquele banco que empresta helicóptero para o governador voar em São Paulo.

Economia

Desde o início, o objetivo era um só: meter a mão em algo em torno de R$ 6 bilhões, que poucas pessoas sabem a existência deste tesouro do Estado. Essa estratégia começou a ser materializada no “Pacote de Maldades 3” anunciado na semana passada pelo Palácio Iguaçu.

Essa bilionária soma daria para promover uma das mais fantásticas transformações neste Estado, ou pelo menos começá-las. Mas, a trupe “turca” quer parte dessa grana para ela…

O esquema funciona da seguinte forma: quando o Paraná começou a atrair empresas, ainda na Era Lerner, elas receberiam como benefícios fiscais: créditos fiscais e dilação de pagamento.

O crédito fiscal é usado na hora e a dilação de pagamento é usada mais tarde.

Aliás, foi a dilação de pagamento que possibilitou ao governo Requião fazer uma gestão sem sobressalto, ou seja, não houve problema de dinheiro porque todo o imposto que não havia sido recolhido no governo Lerner ocorreu no governo dele [Requião].

Foi uma poupança feita em governo anterior que possibilitou ao peemedebista manter, sem sobressaltos, os salários do funcionalismo público e honrar em dia os compromissos financeiros cotidianos.

Os problemas financeiros que o Beto Richa enfrenta hoje são, em parte, responsabilidade sua, pois, se não tivesse dado aumento aos comissionados, além do que havia em caixa, se não tivesse inchado a máquina pública com apaniguados, a situação poderia estar mais controlada.

Da grande poupança que o Lerner deixou, o governo Requião gastou apenas uma parte que estava à disposição. A outra parte começa a vencer em 2018. E aí é que o “turcolento”, que de lento não tem nada, vai dar o golpe!

Como funciona?

O governo pretende antecipar ainda este ano os recebíveis de R$ 6 bilhões em uma operação que se chama “SECURITIZAÇÃO DE RECEBÍVEIS”! Em fevereiro, en passant, o Blog do Esmael abordou esse tema contido no “Pacote de Maldades 2”.

Ou seja, o governo do Estado contratará um banco (um doce para quem acertar o nome do banco) para estruturar esses créditos do Tesouro Estadual. Essa instituição financeira vai cobrar uma “comissão” para antecipar esse dinheiro ao Estado do Paraná.

Por esse valor de R$ 6 bilhões o Estado do Paraná vai receber a fabulosa quantia de R$ 3 bi!!! Viu só como o banco vai ser gente fina! Só vai cobrar 50% de …ops, comissão, para intermediar a venda desses títulos no mercado financeiro!!

Antes, porém, conforme anunciado pelo próprio governo, foi criada a Companhia Paranaense de Securitização (PRSEC). Dentre os sócios da nova empresa está o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, e seus subordinados também importados de São Paulo.

Como garantia ao banco, de que não terá “prejuízo” nessa operação de “risco”, o estado do Paraná dará ações da Copel e da Sanepar. Colocará em jogo o controle acionário das estatais de energia e água nessa antecipação de recebíveis.

Neste semana, a Assembleia Legislativa recebeu mensagem no “Pacote de Maldades 3” que revoga um inciso da Lei Estadual 15.608/2007, o que desobrigaria o executivo de precisar de autorização dos deputados estaduais para vender ações de empresas públicas e de economia mista, como as companhias de água e energia.

Eu fico pensando o que o banco vai fazer com tão pouco dinheiro? Afinal vai ter tanta gente para remunerar tão complexa operação. Deputados, secretários, setores da imprensa…

Essa operação já foi feita no governo tucano paulista, quando Mauro Ricardo era secretário de Fazenda.

A filha do senador tucano José Serra pagou R$ 100 milhões por uma sorveteria. Onde era a poupança dela mesmo? Ah, era no BTG!

O BTG está até o pescoço enrolado num negócio da petrossauro, onde “pagou” US$ 1,5 bi por campos petrolíferos na África, que eram propriedade da Petrobras, e que valiam segundo avaliações no mercado US$ 3,5 bi… negócio de pai para filho com comissão para os parentes e tios…

É preciso que se tomem providências jurídicas no sentido de impetrar uma ação cautelar para que se houver alguma proposição de adiantamento de recebíveis a justiça bloqueie, e que não permita que esta imensa fortuna seja trocada por bananas… “trocada” foi modo de dizer, mas você entendeu…

É inevitável que essa antecipação ocorra, mas o Poder Judiciário, o MP, o setor da Educação, e até mesmo setores da Fazenda, tendem a ficar contra esse tipo de operação se não for amplamente debatido.

Pense em quantos hospitais, escolas, quanta qualificação poderia feita aos professores por meio dessa poupança chamada “antecipação de recebíveis”. Temos que usar esse dinheiro, por exemplo, para capitalizar o ParanáPrevidência e assegurar as aposentadorias futuras.

Por fim, o que mesmo Mauro Ricardo veio fazer no Estado do Paraná. Ora, veio espoliá-lo! E para quem? Para o banco BTG Pactual… que empresta helicóptero para quem? Tudo com a complacência da velha mídia alimentada pelos “pixulecos”…

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