Franklin Martins: ‘O PT precisa organizar o trabalhador precarizado’

O ex-ministro Franklin Martins disse nesta segunda-feira (16) que o PT precisa organizar o trabalhador precarizado, que não está nas fábricas e nas empresas.

Franklin explicou que precarizados são os trabalhadores de entrega de comida e o motorista de aplicativo, como o UBER, que aparentemente “não têm patrão” –mas têm.

De acordo com o IBGE, o Brasil possui cerca de 40 milhões de trabalhadores precarizados, 12,5 milhões informalizados (sem carteira assinada) e 13 milhões oficialmente desempregados. Portanto, metade da população economicamente ativa pode ser considerada “urberizada” (precarizada).

“A situação é tão ruim que se abrir vaga para escravo forma fila”, ironizou, citando um amigo. “Pelo menos comida e moradia estariam assegurados”, completou.

Ex-ministro da Comunicação no governo de Lula, Franklin Martins fez palestra na manhã de hoje na CUT (Central Única dos Trabalhadores) em São Paulo.

Sobre a constituição de uma frente política, o ex-ministro afirmou que é crucial atendo-se à necessidade de lutar por democracia, recuperar direitos trabalhistas, das minorias, desenvolvimento econômico, inclusão social, soberania nacional e emprego.

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Franklin ainda falou sobre a necessidade de formas frentes únicas com outras agremiações.

“Lula e PT são forças importantes, mas não únicas no País”, observou. “Tem que atrair e dialogar com outras forças políticas.”

No evento de hoje, o jornalista também analisou o comportamento defensivo dos petistas nas redes sociais durante a campanha eleitoral. Ele comparou com 2014, quando Dilma Rousseff empatou nas menções com o adversário Aécio Neves (PSDB).

Segundo ele, o PT depois do embate eleitoral deixou de fazer a disputa política cotidiana.

Por fim, Franklin Martins defende que o PT lance candidatura própria já no primeiro turno –-independente de pesquisa-— em todos os municípios do País.

“Nós [petistas e esquerda] vamos ter um ano de 2020 melhor do que foi o ano de 2019”, previu o ex-ministro.

Assista ao vídeo: