Francischini continua “respirando por aparelhos” após pedido de vista de André Mendonça

► Ministros do STF julgam um mandado de segurança impetrado pelo suplente de Francischini, Pedro Paulo Bazana

O deputado Fernando Francischini (União Brasil-PR), cassado por propagar fake news sobre as urnas, vai continuar “respirando por aparelhos” após o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedir vista do processo na madrugada desta terça-feira (07/06) e suspender o julgamento da perda do mandato do parlamentar bolsonarista.

Francischini foi cassado em outubro do ano passado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por seis votos a 1, no entanto, semana passada, o ministro Nunes Marques, do STF, concedeu liminar restituindo o mandato do cassado.

No julgamento em plenário virtual, que foi suspenso com o pedido de vista do ministro “terrivelmente evangélico”, a ministra Cármen Lúcia, relatora da ação, apresentou seu voto pela suspensão dos efeitos da decisão de Nunes Marques, qual seja, perda do mandato de Francischini. O ministro Edson Fachin acompanhou o entendimento da colega.

Segundo o TSE, o parlamentar bolsonarista Fernando Francischini perdeu o mandato por propagar fake news contra o sistema eleitoral.

Na eleição de 2018, no primeiro turno, sem apresentar provas, o então deputado federal Francischini disse em suas redes sociais que as urnas eletrônicas tinham sido adulteradas para impedir a eleição do presidente Jair Bolsonaro.

No julgamento em tela, que foi supenso pelo pedido de vista, os ministros do STF julgam um mandado de segurança impetrado pelo suplente de Francischini, Pedro Paulo Bazana, que pede a suspensão da decisão de Nunes Marques [a confirmação da cassação de Francischini].

Economia

A defesa do suplente argumentou que o ministro violou princípios constitucionais e a própria competência do Supremo ao reanalisar a determinação do TSE para cassar o mandato de Francischini.