França: Greve contra a reforma da Previdência chega ao 26º dia


A greve na França contra reforma da previdência do governo neoliberal de Emmanuel Macron atinge 26 dias nesta segunda-feira (30) e avança para 2020 com a convocação de uma nova jornada nacional de mobilização para o dia 9 de janeiro.

Em Paris, grevistas impediram a saída de ônibus do terminal da Porta de Orleans, onde foram dispersados por policiais, já na cidade de Brest, ao noroeste, fizeram o mesmo com ônibus Blablabus, considerados ‘fura-greve’.

Assim como nos dias anteriores da greve, circulam menos da metade dos trens que cobrem rotas entre países vizinhos e regiões e cidades francesas, enquanto o metrô parisiense amanheceu parcialmente paralisado, mas apenas duas das 16 linhas, ambas automatizadas, funcionam normalmente.

O secretário geral da Força Operária (FO), Yves Veyrier, reafirmou em declarações ao canal Franceinfo o repúdio da organização sindical ao plano do governo de estabelecer um sistema universal por pontos, que eliminaria os 42 regimes atuais de pensões.

No domingo (29), o secretário de Estado francês para Transporte, Jean-Baptiste Djebbari, e o secretário geral da Central Geral dos Trabalhadores (CGT), Philippe Martinez, trocaram acusações pela crise criada em torno do projeto governamental, uma greve que já superou em quantidade de dias a de 1995, quando o então primeiro-ministro, Alain Juppé, se viu forçado a renunciar.

Ambos fixaram postura em entrevistas concedidas ao semanário Le Journal du Dimanche, o ministro de Macron em defesa da reforma e o líder sindical para criticar com o argumento de que a reforma afetará os aposentados e pensionistas.

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A CGT, FO e outras organizações convocaram para dia 9 de janeiro uma nova jornada nacional de manifestações, como as que já levaram às ruas centenas de milhares de franceses nos dias 5, 10 e 17 de dezembro.

Por sua vez, o governo convidou os atores sociais a outra rodada de diálogo no dia 7 de janeiro, depois das reuniões de 18 e 19 de dezembro não terem deixado resultados concretos nem aberto o caminho para o fim da greve.

*Com informações da Prensa Latina (CU)