Força Sindical pede fim de privilégio bilionário para o Sistema S

A reforma trabalhista acabou com a contribuição sindical compulsória para entidades de trabalhadores, mas manteve intacta a arrecadação de R$ 20 bilhões para as patronais ligadas ao Sistema S. E é contra este privilégio que a Força Sindical se insurgiu nesta sexta-feira (27).

A Força divulgou um manifesto de repúdio a Michel Temer que, por decreto, repassou recursos do Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) para financiar a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil e suas federações filiadas.

“A edição do decreto garantindo a remessa de milhões de reais para o sindicalismo patronal vem no exato momento em que o custeio das entidades sindicais dos trabalhadores é inviabilizado pela Reforma Trabalhista e por decisões judiciais do STF”, reclama Miguel Torres, presidente interino da Força Sindical.

O fim da obrigatoriedade do imposto sindical na reforma trabalhista derrubou em 86% a receita dos sindicatos de trabalhadores em um ano. Muitas das entidades tiveram de demitir funcionários, reduzir atendimentos e outras até fechar as portas.

Por outro lado, estima-se, as entidades patronais do Sistema S aumentaram sua arrecadação em até seis vezes neste ano.

“Vamos continuar lutando para que as entidades sindicais dos trabalhadores tenham recursos necessários para defender os direitos da classe trabalhadora”, conclama João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força.

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