O “Posto Ipiranga” deveria cuidar a economia, coisa que não fez até agora. Pelo contrário, por incompetência quebrou o País com o receituário neoliberal.
A Folha, Globo, Estadão, Veja, et caterva, tentam proteger Guedes por uma questão óbvia: os jornalões têm interesses econômicos que precisam sobreviver nessa lógica da especulação dos fundos de investimentos.
Numa entrevista publicada hoje, a Folha destaca o ministro da Economia como “pacificador” do Congresso e do governo, após este último sofrer duas derrotas acerca: 1- do orçamento impositivo de R$ 15 bilhões e 2- da ampliação da faixa de renda para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Por mais que haja um reconhecido esforço da velha mídia, é impossível salvar Guedes no âmbito do neoliberalismo. Até mesmo os países mais radicais na aplicação do liberalismo, como França, Alemanha e EUA, estão injetando na veia doses de keynesianismo para reanimar a economia. Vide a última decisão do Fed, o Federal Reserve, que reduziu a taxa de juros para zero e liberou cerca de R$ 700 bilhões para socorrer setores vulneráveis americanos.
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O Brasil, com os barões da velha mídia dirigindo a economia, faz-se diferente: mantém tudo como dantes com a política da “austeridade” fiscal, desinvestimentos públicos e arrocho nos salários.
“A inclinação de contágio nos modelos do Banco Central é mais rápida do que nos outros países”, disse Paulo Guedes à Folha.
Pelos dados “alarmantes” do “Posto Ipiranga”, o esforço coletivo do Ministério da Saúde está sendo inócuo no combate à pandemia do coronavírus.
Seria o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) o principal disseminador do vírus? É uma tese.
Entretanto, os vírus mais perigosos para a economia continuam sendo Guedes, Bolsonaro e a velha mídia. Basta olharmos para o retrovisor. São desmontes do Estado, retiradas de direitos e desemprego, venda de ativos públicos, enfim, crimes [continuados] perpetrados contra o povo brasileiro.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.