A Folha de S.Paulo, que é um banco, tenta desviar o assunto principal do momento – o aumento abusivo no preço dos combustíveis – para blindar o presidente cessante Jair Bolsonaro (PL). Por isso o jornalão, que na verdade é um bancão, reativou o papo sobre o perigo do golpe.
– Organizações e ativistas que já trabalham com a previsão de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) executará um plano golpista nas eleições tentam articular uma reação orquestrada à ameaça de ruptura democrática e convencer mais setores sobre a urgência de mobilização – escreve a Folha.
Nada mal para quem é craque em disseminar fake news e promover baixarias eleitorais. Nada mal para a ‘Folha do Bolsonaro’ na sua tentativa de blindar o presidente Bolsonaro, qual seja, blindar os interesses do banco e do sistema financeiro.
Ora bolas, carambolas. O plano golpista já está sendo executado desde 2016, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) foi derrubada. Desde aquela época, os preços dos combustíveis foram indexados ao dólar e o petróleo brasileiro surrupiado.
O golpe há seis anos era justamente pelo petróleo, pelas jazidas do pré-sal, pelo desmonte da Petrobras.
Para validar sua fake news, a Folha recheia o texto com think tanks – ou entidades de boa-fé.
O problema da sociedade brasileira são os cortes no orçamento da saúde e da educação, na ordem de 30%, com a redução da alíquota do ICMS e com a continuidade dos aumentos nos preços dos combustíveis.
A discussão central é a responsabilidade do presidente Bolsonaro com a política de paridade de preço internacional, a diabólica PPI, que dolariza o consumo de combustíveis no País.
O inquilino do Palácio do Planalto é quem manda na Petrobras, pois ele é o acionista ordinário com a maioria dos votos na estatal. Foi quem escolheu o presidente e os conselheiros da companhia.
Também é central nesta campanha presidencial o desemprego, a fome, a volta da miséria, enfim, ‘é a economia, estúpido!‘, como diria James Carville, estrategista de Bill Clinton.