É firme o namoro do governador comuno-frenteamplista do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), com a cúpula do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Após o convite para ingresso na legenda socialista na semana passada, Dino não se fez de rogado e avançou até mesmo para a possibilidade da incorporação do PCdoB pelo PSB.
Em entrevista concedida à CNN-Brasil, nesta segunda-feira (13), Flávio Dino declarou que não descarta até mesmo a fusão ou incorporação de seu partido pelo PSB para disputar à presidência da República em 2022.
Dino também ressaltou que era muito amigo do ex-governador de Pernambuco e presidenciável em 2016, Eduardo Campos, que morreu num acidente aéreo em São Paulo. “Era muito amigo do Eduardo Campos. Mas uma aproximação, uma aliança, quem sabe uma incorporação, é um caminho”, disse o governador maranhense.
Dino afirmou que o cenário partidário deve mudar por causa das novas regras, como cláusula de barreira e fim das coligações proporcionais, após as eleições municipais de 2020.
“Temos que esperar o próximo ano, que é uma redefinição partidária no país. Nós vamos ter um redesenho inevitável tendo em vista que as novas regras de cláusula de barreira e fim das coligações proporcionais levarão a muitas fusões. Não agora, porque cada partido vai enfrentar com sua tática eleitoral”, declarou.
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Na entrevista, Flávio Dino fez a defesa de uma “frente ampla” como alternativa ao governo do presidente Bolsonaro. Segundo ele, tal frente precisa abraçar todos espectros políticos, abrigando personalidades políticas como os ex-presidentes Fernando Henrique e Michel Temer, passando por Luciano Huck da Globo, até aos dissidentes do bolsonarismo, a exemplo do governador Wilson Witzel (RJ) e do general Santos Cruz.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.