Fim do horário de verão, única “obra” de Bolsonaro, pode cair por falta de apoio da população e do comércio

O presidente cessante Jair Bolsonaro (PL) admite retomar o horário de verão, cujo fim desse período especial era sua única “obra” vultuosa no governo de 4 anos. O inquilino do Palácio do Planalto pediu, na surdina, estudos para que os relógios sejam adiantados em uma hora entre os meses da primavera e do verão.

Bolsonaro acabou com horário de verão no início de seu governo, em 2019, sob o argumento [falso] de benefício econômico, o que sempre foi contestado sobretudo por comerciantes e o setor de turismo.

No último dia 19 de agosto, vésperas das eleleições 2022, Bolsonaro pediu ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), por meio do Ministério das Minas e Energia, que reexamine a necessidade de um eventual retorno do horário de verão.

Em entrevista a uma rádio do Rio Grande do Sul, há um ano, Bolsonaro disse que se comprovou, realmente, que não aumentava o consumo de energia, que era o ponto focal, principal, da existência do horário de verão.

– E até o momento, eu vejo que continua a maioria da população contrária ao horário de verão. Se a maioria mudar de posição, eu sigo a maioria. Sou democrata, sigo a maioria – afirmou à emissora de rádio ABC em 02/08/2021.

A ABRABAR (Associação de Bares e Restaurantes) vem há anos pedindo o retorno do horário de verão.

Economia

O setor de entretenimento garante que o horário de verão impacta positivamente nos negócios porque adiciona uma hora para receber turistas e clientes, apesar de não ter grande impacto no consumo de energia.

– Sei que para alguns setores aumenta o faturamento, porque as pessoas fica mais tempo frequentando o comércio. Isso a gente pesa aqui também. No momento não tem clima, apoio popular para a gente voltar o horário de verão – disse o presidente cessante na pretérita entrevista à emissora gaúcha.

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