Fiesp puxa o saco de Bolsonaro, mesmo com desindustrialização de SP

Até novembro de 2019, o estado de São Paulo viu o fechamento de 6.634 indústrias, mas isso não foi constrangimento para o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (MDB), puxar o saco do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com a militarização da entidade.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira (3), Skaf entupiu de militares em cargos estratégicos da Fiesp:

  • General de Divisão Aldamir Domingos (ex-comandante da 2ª Região): coordenador de conselhos;
  • General Antônio Esper: diretor-executivo de gestão;
  • Tenente-brigadeiro do ar Aprígio Azevedo: diretor-executivo de projetos; e
  • Coronel Carlos Demeterco: gerente-executivo de projetos.

A despeito de a indústria estar agonizando e de os militares também estarem no mesmo barco de Bolsonaro, a Fiesp se aproximou das Forças Armadas durante o processo de impeachment (golpe) da presidenta eleita Dilma Rousseff (PT). Depois disso a presença de fardados na entidade virou fetiche de Skaf, o que incomoda os industriais associados.

Há um ano, o Blog do Esmael registrou que o Brasil está experimentando uma das maiores desindustrializações da história da economia mundial. Em 15 de janeiro de 2018, este site ainda perguntou: “E os patos do sistema S o que fazem? Nada.”

Hoje podemos responder com segurança: os patos do sistema S, sim, estão puxando o saco de Bolsonaro e dos militares.