Fabrício Queiroz estaria negociando delação premiada com o Ministério Público do Rio

Os advogados de Fabrício Queiroz, pivô de escândalos com a família Bolsonaro, estariam negociando uma delação premiada com o Ministério Público do Rio de Janeiro.

Segundo a CNN Brasil, a maior preocupação de Queiroz seria com sua família. Ele quer garantias de proteções no processo para a mulher, Márcia Aguiar de Oliveira, que está foragida, e para as filhas, Nathalia e Evelyn.

Todas são investigadas no “esquema da rachadinha” que havia no gabinete de Flávio Bolsonaro quando era deputado estadual do Rio de Janeiro. Queiroz também pede para cumprir uma possível pena em prisão domiciliar.

O caso das rachadinhas é grave e pode por fim à carreira política do senador Flávio Bolsonaro, mas há suspeitas de que Queiroz tenha informações sobre outros possíveis crimes do clã Bolsonaro.

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Com informações da CNN Brasil.

Economia

Datafolha: 64% acreditam que Bolsonaro sabia onde Queiroz estava escondido

Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada na noite desta quinta-feira (25) pelo jornal “Folha de S.Paulo” mediu a percepção do brasileiro a respeito da prisão de Fabrício Queiroz e sua relação com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Entre os entrevistados que tinham conhecimento da prisão de Queiroz, 64% acreditam que Bolsonaro sabia onde ele estava escondido. Outros 21% acham que o presidente não sabia e 15% não souberam responder.

Perguntados se Bolsonaro teve algum envolvido no esquema das “rachadinhas”, 46% responderam que presidente não teve envolvimento. 38% disseram que teve envolvimento e 16 % não opinaram.

A pesquisa Datafolha ouviu 2.016 pessoas por telefone nos dias 23 e 24 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

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Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, foi preso no último dia 18 na cidade de Atibaia (SP) em imóvel de propriedade do advogado Frederick Wassef.

Wassef comandou a defesa Flávio Bolsonaro, acusado de liderar um esquema criminoso de “rachadinhas” (esquema em que funcionários são obrigados a devolver parte de seus salários ao detentor do mandato) em seu gabinete quando era deputado estadual na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Além Flávio, o criminalista também defendeu o presidente Jair Bolsonaro. Ele foi o responsável pela defesa do presidente no caso envolvendo a reunião ministerial de 22 de abril. O advogado também representou Bolsonaro no caso da facada.

Advogado de Bolsonaro Frederick Wassef também ‘escondeu’ Queiroz no Guarujá; assista

O pivô do escândalo das rachadinhas de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, ficou ‘escondido’ em outro imóvel do advogado Frederick Wassef antes de ir para Atibaia.

Segundo reportagem da TV Bandeirantes, Queiroz ficou algum tempo em um apartamento no Guarujá, litoral de São Paulo. Mas parece que não era um triplex.

Assista ao vídeo com a reportagem:

Não deixa de ser engraçado. Mais uma coincidência entre as falcatruas da família Bolsonaro e as falsas acusações que condenaram Lula: Atibaia e Guarujá.

Inquérito das rachadinhas de Flávio Bolsonaro e Queiroz vai para 2ª instância no TJ-RJ

O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) julgou um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no âmbito do inquérito das rachadinhas.

Flávio queria tirar o caso das mãos do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal e conseguiu. Mas ele também queria anular tudo o que foi feito até agora, mas isso foi negado.

Por 2 votos a 1, os desembargadores acataram parte do pedido da defesa de Flávio Bolsonaro. Com a decisão, o processo sobre as “rachadinhas” sai da primeira instância e será avaliado pelo Órgão Especial, na 2ª instância.

Mas as decisões do juiz Flávio Itabaiana que atuou até agora no processo continuam valento. Isso significa a manutenção da prisão de Fabrício Queiroz, como também, o mandado de prisão contra a sua mulher, Márcia, que está foragida.

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O Ministério Público do Rio de Janeiro ordenou diligências nesta terça-feira (23), em parceria com agentes da Polícia Militar de Belo Horizonte, para tentar capturar Márcia Oliveira, mulher de Fabrício Queiroz.

Queiroz foi preso na semana passada em Atibaia (SP), onde estava escondido numa casa do advogado do senador Flávio Bolsonaro, Frederick Wassef.

O juiz Flávio Itabaiana Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), citou mensagens de Márcia que chegou a comparar o marido com um bandido “que tá preso dando ordens aqui fora, resolvendo tudo”. O objetivo dele seria interferir nas investigações.

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Uma das testemunhas que deixaram de ser ouvidas foi Danielle Nóbrega, ex-mulher do capitão do Bope, Adriano Nóbrega, miliciano morto no começo deste ano pela polícia na Bahia e que era ligado à família Bolsonaro.

Ele chefiava o chamado Escritório do Crime, grupo de milicianos matadores de aluguel e suspeito de envolvimento com a morte da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada pelo crime organizado. Ativista de direitos humanos, a ex-parlamentar denunciava a violência policial e a atuação de milícias nas favelas.