Expulso do Iraque, Trump quer bilhões para deixar o País

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump exigiu bilhões de dólares para desocupar o Iraque, cujo Parlamento aprovou neste domingo (5) uma resolução ordenando a expulsão dos 5,2 mil soldados americanos estacionados no território do País do Oriente Médio.

“Temos uma base aérea extraordinariamente cara que está lá. Custou bilhões de dólares para construir, muito antes do meu tempo. Não sairemos a menos que nos paguem”, declarou Trump a repórteres, dentro ao Air Force One (avião presidencial).

O leitor e espectador do Blog do Esmael teve essa análise em primeira mão neste sábado (4), durante uma live (transmissão online) com a participação dos colaboradores Milton Alves e Ivan Ivanovick.

O recrudescimento dos iraquianos com os americanos, que estão no Iraque desde a invasão do EUA e do Reino Unido, em 2003, se deveu ao assassinado do general iraniano Qassim Suleimani na madrugada de sexta-feira (3).

No documento aprovado, os parlamentares pedem ao governo iraquiano que expulse as forças militares dos EUA, que estão no País a pretexto de lutar contra o Estado Islâmico.

LEIA TAMBÉM
Lula deve ir a Paris para receber título de cidadão honorário

Economia

Venezuela: Juan Guaidó perde presidência da Assembleia Nacional

Argentina: Alberto Fernández aumenta salários para aquecer economia

Donald Trump ameaça Iraque com sanções como nunca haviam visto antes. “Isso fará com que as sanções iranianas pareçam um pouco domésticas”, disse.

A decisão dos iraquianos de expulsar as forças armadas americanas de Bagdá representa um duro revés político para Trump, haja vista que ele autorizou o assassinato do chefe da guarda revolucionária do Irã em território estrangeiro sem anuência dos locais e sem a concordância do Congresso Nacional dos EUA.

Donald Trump buscava criar uma cortina de fumaça para amenizar os efeitos do impeachment, aprovado pela Câmara em dezembro, e lhe facilitar a reeleição em novembro próximo.

O ataque autorizado pelo presidente dos EUA ampliou seu isolamento no plano internacional, com exceção de seu colega brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido), que divulgou nota em apoio à ação militar no Oriente Médio.

China, Rússia, Turquia, bem com a ONU, manifestaram repulsa ao assassinato político sob a alegação de que fora “preventivo”.

O general iraniano era considerado um “mártir vivo”, um herói, em toda a região do Oriente Médio. Ele foi um dos principais estrategistas na derrota do Estado Islâmico e, por isso, responsável pelo aumento da influência política, cultural e militar do Irã no Iraque.

O Irã, por sua vez, na condição de ofendido, ainda não respondeu militarmente à agressão. No entanto, já pediu autorização junto ao Conselho de Segurança da ONU para que possa ter o direito à legítima defesa.

Porém, o País dos iatolás são mestres na diplomacia. Na condição de vítima, prefere aguardar o momento certo para dar o troco aos bombardeios americanos. Enquanto isso, eles continuam coletando simpatias e solidariedade não só no Oriente Médio, mas também em outras partes do planeta.