O jornalista Olavo de Carvalho, principal doutrinador de direita do futuro governo Bolsonaro, venceu o embate com a bancada da Bíblia ao indicar para o Ministério da Educação (MEC) o filósofo colombiano Ricardo Vélez Rodríguez.
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De extrema-direita tal qual seu “padrinho”, o novo ministro registrou em seu blog que um dos que apoiaram sua indicação foi o “professor e amigo Olavo de Carvalho”.
Mais cedo o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, contava como “certo” o procurador Guilherme Schelb no MEC, mas acabou perdendo o embate para Olavo de Carvalho.
O religioso tinha afirmado que a expressiva maioria da bancada evangélica apoiava Schelb e prometeu publicar um documento em favor do procurador.
“Guilherme Schelb não tem medo de tocar onde a esquerda se perpetuou na Educação”, elogiou Malafaia, que ainda prosseguiu: “Ele vem travando batalhas contra a ‘ideologia de gênero’ nas escolas, tem livros escritos sobre isso, instruindo os professores e os pais.”
O colombiano de extrema-direita na Educação é um atraso. Ele já defendeu ‘Conselhos de Ética’ nas escolas para patrulhar alunos e professores. Mas, com certeza, o MEC sob a tutela de uma religião seria muito pior.
Nunca é bom lembrar aos atores que a Constituição de 1988 definiu o Brasil como uma República laica, isto é, sem um credo oficial.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.