Câmara dos EUA afasta deputada de comissões por ligação com movimento considerado terrorista

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, dominada pelos democratas, votou nesta quinta-feira a favor da expulsão da deputada trumpista Marjorie Taylor Greene de duas comissões da Casa, enquanto os republicanos protestaram contra a medida por considerá-la um perigoso precedente.

Com 230 votos a favor e 199 contra, Greene foi removida da Comissão de Educação e Trabalho e da Comissão de Orçamento da Câmara.

Os democratas a acusaram a deputada de praticar discurso de ódio nas redes sociais e de apoiar teorias da conspiração como as da QAnon e alegaram que ela representa um perigo para os outros membros do Congresso e também para os cidadãos norte-americanos.

Embora quase todos os parlamentares republicanos tenham votado contra a medida, nenhum defendeu o longo histórico de postagens ultrajantes de Greene nas redes sociais.

Por sua vez, Greene lamentou os comentários feitos antes de assumir seu cargo no Congresso. “Essas foram palavras que eu disse no passado, e essas coisas não me representam, elas não representam meu distrito, elas não representam meus valores”, disse ela.

Kevin McCarthy, líder dos republicanos na Câmara, classificou os comentários da deputada como “completamente inadequados”, mas se opôs à remoção dela.

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“A resolução que hoje se encontra na Câmara não é sobre os comentários que Greene fez no passado, mas é uma nova violação dos direitos das minorias que terá um impacto duradouro e prejudicial na instituição”, afirmou.

Greene tornou-se uma figura polêmica após se tornar promotora das teorias da conspiração da QAnon, um movimento que, entre outras teorias, viu o ex-presidente Donald Trump como um “salvador” que trabalha silenciosamente para lutar contra o chamado “Estado profundo”.

Em maio de 2019, o movimento QAnon foi classificado pelo FBI como uma possível ameaça de terrorismo interno, após liderar inúmeros incidentes de violência.

Com informações da RT