Escândalos de corrupção sacodem governo Jair Bolsonaro, que decreta sigilos por 100 anos

É ‘Segredo de Polichinelo’ os escândalos de corrupção no governo Jair Bolsonaro, que é sacodido nos estertores do seu mandato.

Para fingir que tudo corre bem no reino do Palácio do Planalto, Bolsonaro impôs sigilos de 100 anos aos encontros com os pastores envolvidos no escândalo de corrupção no MEC.

Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura são pivôs do escândalo do ‘balcão de negócios do MEC’, que resultou na queda do ministro Milton Ribeiro.

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Debochado, o presidente Bolsonaro ironizou o sigilo de 100 anos sobre encontros com pastores lobistas do MEC, em resposta a internauta nas redes sociais.

– Presidente, o senhor pode me responder porque todos os assuntos espinhosos/polêmicos do seu mandato, você põe sigilo de 100 anos? Existe algo para esconder? – perguntou no Twitter Lucas Elias Bernardino, ao responder uma publicação do presidente.

– Em 100 anos saberá – respondeu Bolsonaro, com um emoji.

Economia

A CGU (Controladoria-Geral da União) tem parecer contrário à decisão do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) de impor sigilo a encontros de Bolsonaro com pastores lobistas do MEC.

As suspeitas de corrupção não terminam com o escândalo no MEC, em que pastores ligados a Bolsonaro pediam propinas em ouro, dinheiro e até bíblicas. O presidente também se faz de tongo, de desentendido, ao ser confrontado com as suspeitas lançadas sobre o filho caçula Jair Renan.

O mandatário diz que Zero Quatro vive com a mãe e não sabe se filho investigado está certo ou errado.

Jair Renan é alvo do Ministério Público Federal por corrupção, suspeita de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

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E mais corrupção. O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que Bolsonaro falou para entregar o FNDE para ao Centrão.

Weintraub, que deixou o governo no ano passado, afirma que o presidente colocou ‘pessoas erradas’ no MEC.

O ex-ministro da Educação disse que recebeu ordem direta do presidente para dar o controle do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) ao Centrão.

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Em entrevista à CNN Brasil, Weintraub disse que tentou protelar a entrega, mas teve que ceder.

O FNDE está no epicentro das denúncias de cobrança de propina por pastores, realização de licitação de ônibus escolares com indicação de preços inflados e destinação de recursos para ‘escolas fakes’.