Escândalo envolvendo Bolsonaro pode derrubar presidente do Paraguai

(Foz do Iguaçu – PR, 26/02/2019) Presidente da República Jair Bolsonaro, acompanhado do Presidente da República do Paraguai, Mário Abdo Benitez. Foto: Alan Santos/PR
Reportagem da NPY canal 2, TV do Paraguai, aponta conexão de familiares do presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PSL) com o escândalo do contrato secreto de energia de Itaipu Binacional entre os dois países.

De acordo com a emissora paraguaia, o Grupo Léros controlada pelo empresário Alexandre Giordano, suplente do senador Major Olímpio (PSL-SP), recebeu uma carta do assessor jurídico da Vice-Presidência do Paraguaio propondo vender o excedente de energia por um preço mais barato.

“Sou o Dr. Joselo Rodríguez, assessor jurídico da Vice-Presidência, lhe escrevo em nome do vice-presidente da República, Hugo Velázquez”, revelou a imprensa do país vizinho, a partir de vazamento de chats no WhatsApp.

De acordo com outra mensagem vazada, Pedro Ferreira, então presidente da ANDE, estatal de energia elétrica do Paraguai, recebeu recomendação de Rodriguez, filho da ex-ministra da Secretaria de Prevenção de Lavagem de Dinheiro e Bens, María Epifanía Gonzalez, de que o representante da empresa Léros, do Brasil, se encontrava no país para dar seguimento ao acordo de compra e venda do excedente de energia ao mercado brasileiro:

“Vêm em representação da família presidencial do país vizinho”, diz a mensagem, ao assinalar que “os empresários tinham vínculo com o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro”, registrou o jornal paraguaio Última Hora.

LEIA TAMBÉM
Juízes entregarão carta em que denunciam prisão política de Lula

Economia

PT lança ‘programa de emergência contra a crise’ na quarta

Maia e Bolsonaro querem apressar votação do fim da Previdência

A “Vaza Jato” paraguaia pode derrubar o vice-presidente Hugo Velázquez e o presidente paraguaio Abdo Benitez. Eles correm risco de sofrer impeachment. A acusação é de que, mais do que roubo, cometeram crime de traição nacional ao fazerem acordo secreto contrário aos interesses do país.

A seguir assista ao vídeo: