Por Requião Filho*
PMs estão sem aumento nos salários e se veem obrigados a trabalhar além da jornada para manter a mínima dignidade de vida.
Ratinho Júnior não inovou ao implantar as escalas-extras aos Policiais Militares do Paraná. Importado de SP, o projeto travestido em algo aparentemente bom, impõe à brava categoria um trabalho sem descanso.
Com salários defasados, homens e mulheres se veem obrigados a aceitar mais esta absurda violação às garantias e direitos dos ser humano e, assim, de forma “espontânea”, perpetuam o aumento de seu horário de trabalho em busca de um plus na remuneração. O governo diz que o orçamento ficou comprometido com a jornada-extra e, em um futuro próximo, não se vislumbra a possibilidade de melhora.
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Inúmeras consequências prejudiciais, não apenas aos integrantes da categoria, são observados desde então. A própria sociedade perde em segurança e a qualidade dos serviços fica comprometida, porque passam a ser prestados por profissionais exaustos.
Não venha agora o governo dizer que não sabia, que não foi avisado. Este modelo falido já foi adotado anteriormente no Estado de São Paulo e não trouxe benefícios. A perversidade da medida condena milhares de policiais militares a perderem seu horário de descanso e encontro familiar. Seguem estes PMs sem salários dignos e sem a corporação sem o efetivo necessário para bem desempenhar seu papel na sociedade.
Permaneço ao lado de todos os integrantes da PM, com os quais me solidarizo e somo minhas forças na luta pelos direitos da categoria.
*Requião Filho, advogado, é deputado estadual pelo MDB do Paraná.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.