Com Brasil 247
Em mais um estado onde os partidos arquirrivais PT e PSDB devem se enfrentar nas eleições estaduais 2014, o tucano e governador do Paraná, Beto Richa, exigiu que a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) liderasse ao estado empréstimos que somam R$ 3,4 bilhões contraídos junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento, ao Banco Mundial, ao Banco do Brasil e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O gestor atribuiu ao Governo Federal motivos de cunho eleitoral para não liberar a verba ao estado do Paraná.
A exigência dos recursos veio na mesma semana em que a presidente Dilma Rousseff e a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, ambas do PT, anunciaram, nesta terça-feira (29), um investimento de R$ 5,3 bilhões em mobilidade urbana tanto em Curitiba, capital paranaense, como na região metropolitana. Vale ressaltar que a ministra é pré-candidata ao governo do Paraná.
Ao justificar a retenção de verba para o governo do Paraná, a STN alegou que havia pendências com convênio da União e excesso de gasto com pessoas, de acordo com informações do jornal o Estado de S. Paulo. Por outro lado, Richa argumentou que os empréstimos estavam emperrados para evitar a sua capacidade de ampliar os investimentos no estado em 2014 contra Gleisi. Diante do impasse, apenas à s 21h da última segunda-feira (21), o governador Beto Richa confirmou a sua participação no evento que anunciou ontem recursos para obras de mobilidade urbana em Curitiba.
Para distensionar a ato de ontem, vale frisar, Gleisi não discursou. Ficou quieta. Ouviu as falas do prefeito Gustavo Fruet (PDT), do colega ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, de Richa e da presidenta Dilma. Comportamento muito diferente do adotado pela ministra da Casa Civil na semana passada.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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