Em nota, bispos da igreja católica fulminam oportunismo de Bolsonaro no uso da religião para fins políticos

Sem citar nominalmente o presidente cessante Jair Bolsonaro (PL), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma duríssima nota lamentando o oportunismo do mandatário no uso da religião para fins políticos-eleitorais.

Nem precisava a CNBB nominar Bolsonaro, pois ele trouxe a questão religiosa para o centro de debate presidencial e destaca em sua agenda participação em eventos religiosos.

– A manipulação religiosa sempre desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil – disseram os bispos da igreja católica.

Economia

No fim de semana, Bolsonaro viajou para Belém, no Pará, onde participou da procissão do tradicional Círio de Nazaré. A presença do inquilino do Palácio do Planalto na Romaria Fluvial perturbou os católicos da arquidiocese de Belém.

A CNBB afirma nota que condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral.

Natal Foz

Confira a íntegra da nota da CNBB

“Lamentamos, neste momento de campanha eleitoral, a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno. Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições. Desse modo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta e reprova tais ações e comportamentos.

A manipulação religiosa sempre desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil. É fundamental um compromisso autêntico com a verdade e com o Evangelho.

Ratificamos que a CNBB condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral. Convocamos todos os cidadãos e cidadãs, na liberdade de sua consciência e compromisso com o bem comum, a fazerem deste momento oportunidade de reflexão e proposição de ações que foquem na dignidade da pessoa humana e na busca por um país mais justo, fraterno e solidário.”

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