Em Minneapolis continuam os protestos, saques e incêndios contra assassinato de homem negro

Em Minneapolis (EUA) continuam as manifestações de protestos após o assassinato de um homem negro por um policial, que pressionou o pescoço da vítima com o joelho por 10 minutos. Os protestos, saques e incêndios prosseguiram até a madrugada desta quinta-feira (28) e terminaram com um homem morto a tiros. Novos protestos estão agendados em diversas cidades dos Estados Unidos.

A morte de George Floyd, 46 anos, provocou revolta na cidade do Estado de Minnesota, onde, pelo segundo dia consecutivo, foram registrados protestos. A polícia usou gás lacrimogêneo e formou uma barricada humana para evitar que os manifestantes pulassem a cerca ao redor da delegacia onde os agentes acusados de matar Floyd trabalhavam.

Os manifestantes incendiaram uma loja de autopeças e saquearam outro estabelecimento nas proximidades.

Em meio aos incêndios e atos violentos registrados durante a noite, um homem foi morto por um tiro na área das manifestações, anunciou a polícia, que prendeu um suspeito.

Em outros pontos da cidade, como o local onde aconteceu a detenção de Floyd, manifestantes se reuniram pacificamente para exigir “justiça”.

Os protestos também aconteceram em outras cidades dos Estados Unidos, como Los Angeles.

Economia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou a morte de Floyd de “triste e trágica” em um tuíte. Os quatro agentes envolvidos foram demitidos.

A Promotoria informou que pediu a ajuda do FBI na investigação do caso, o que pode implicar que os agentes cometeram um crime federal.

“Quero que esses policiais sejam acusados de assassinato, porque foi exatamente isso que eles cometeram assassinato contra meu irmão”, disse à “NBC” Bridgett Floyd, irmã de George Floyd. “Eu tenho fé e acredito que a justiça será feita”.

LEIA TAMBÉM:

Alcolumbre prorroga validade da MP que flexibiliza ano letivo

PSOL e partidos de oposição pedem convocação de ministro da Justiça para explicar HC de Weintraub

Alexandre Frota quer se unir a Lula contra Bolsonaro: “Vamos à guerra!”

Floyd morreu na noite de segunda-feira, depois de ficar deitado de bruços por pelo menos 10 minutos, enquanto um policial pressionava seu pescoço com o joelho.

“Não consigo respirar”, implorou o homem, segundo o áudio de um vídeo de vários minutos filmado por um transeunte que viralizou.

O policial, um homem branco, diz para ele ficar calmo. Um segundo policial mantém os transeuntes à distância enquanto Floyd não se mexe e parece inconsciente.

Um novo vídeo pode descartar as alegações da polícia de que o homem, suspeito de tentar passar uma nota falsa de 20 dólares, resistiu à prisão.

Em imagens feitas pelas câmeras de um restaurante localizado em frente ao local da prisão, ele aparece com algemas nas costas sem oferecer resistência.

“Não podemos ter dois sistemas legais, um para negros e outro para brancos”, disse o advogado da família Benjamin Crump à “NBC”.

O prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, também questionou nesta quarta-feira “por que o homem que matou George Floyd não está na prisão”, dizendo “se você ou eu tivéssemos feito isso, estaríamos atrás das grades”.

*AFP e Agências internacionais