Em meio à pressão de Lula, Banco Central deve manter taxa de juros em 13,75% – dizem especuladores do mercado financeiro

Daqui a pouco, o Comitê de Política Monetária (Copom) – órgão do Banco Central – define qual será a taxa de juros. Essa decisão ocorre em meio à pressão máxima do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, em entrevista ao Brasil 247, afirmou que seria uma irresponsabilidade manter 13,75% ao ano.

“Sinceramente acho que o presidente do BC não tem compromisso com a lei que foi aprovada de autonomia do BC. A lei diz que é preciso cuidar da responsabilidade, da política monetária, mas diz também que é preciso cuidar da inflação do emprego, coisas que ele não se importa”, declarou Lula à bancada do 247, na manhã de terça (21/3).

O presidente do BC é Roberto Campos Neto, que foi indicado pelos banqueiros privados e nomeado pelo antigo presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Segundo esses banqueiros, por meio de suas agências de notícia, o Banco Central deve manter hoje a taxa básica de juros em 13,75% ao ano – a despeito de manifestações populares e da reprovação pública do presidente Lula.

“Vou continuar batendo, tentando brigar para que  a gente possa reduzir a taxa de juro para que a economia possa voltar a ter investimento. É irresponsabilidade o BC manter a taxa de juro a 13,75%”, insiste Lula.

Natal Foz

O economista americano Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia em 2021, disse esta semana no Rio que as altas taxas de juros no Brasil são chocantes e equivalem a uma pena de morte.

O economista Jeffrey Sachs, professor da Universidade de Columbia e diretor do Centro para o Desenvolvimento Sustentável, também considerou que o país é punido por taxas de juros altíssimas, fruto de políticas de bancos centrais que classifica como “muito difíceis de explicar”, e que o momento não é de austeridade fiscal, mas de aumento de investimentos públicos.

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