Em Londrina, surge o primeiro “cursinho” do país para formar “bons” políticos

por Douglas Lopes, via FolhaWeb

Charge de Ivan Cabral.
A qualificação profisssional é a palavra de ordem para sobreviver num mercado de trabalho cada vez mais competitivo. O que já é comum na maioria das profissões começa a engatinhar na política.

Diante do despreparo dos candidatos que abandonam a antiga profissão, por vezes muito diferente do que o novo cargo exigirá, para exercer a função de político é que diversas entidades de Londrina se reuniram para tentar minimizar o problema que se agrava a cada eleição.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Comissão Justiça e Paz, o Observatório de Gestão Pública, o Conselho de Pastores, o Ministério Público e a Justiça Eleitoral vão oferecer para o mês de abril um curso de formação política.

Segundo a secretária geral da OAB Londrina, Regiane de Oliveira Andreola Rigon, o principal problema do político eleito é ele acreditar estar pronto o exercício da função só pelo fato de ter sido legitimado para o cargo com o voto popular. “O político tem que se qualificar como qualquer outro profissional. A ideia do curso é instruir esse candidato da importância disso e lhe passar noções de gestão pública”, ressalta Regiane.

Para ela, o gestor eleito não precisa saber de tudo a respeito de legislação, mas é imprescindível que ele tenha noções do assunto. “à‰ fundamental que o político se cerque de bons assessores e que esses tenham um bom conhecimento sobre o que o político tem apenas uma noção”, orienta a secretária geral da OAB Londrina. Ela reitera que é preciso “estar preparado para as pressões e estar por dentro de assuntos importantes como orçamento público”.

Economia

A formação tem por fim repassar “noções gerais de administração pública e instigar nos pré-candidatos da necessidade de se qualificar diariamente”. O político, segundo afirma Regiane, não tem nada a perder, além melhorar a atuação dele no âmbito político, ele pode usar a qualificação a seu favor para divulgá-la durante campanhas intrapartidárias e com o eleitor.

A secretária-geral da OAB observa que o político instruído pode ser também menos corruptível. De acordo com ela, o simples fato de ele não ter conhecimento sobre o assunto de uma votação pode induzí-lo ao erro e colaborar para a aprovação de algo que afete a população ao invés de ajudá-la.

A profissional alerta que o eleitor também precisa fazer a sua parte. “Não se pode prometer voto para muitos candidatos como muitos fazem. à‰ preciso ter o compromisso com um candidato e que seja de acordo com os princípios de cada um”, recomenda.

Serviço

Curso para formação política
Início das inscrições: 12 março
Início das aulas: 18 de abril
Informações: (43) 3294-5900 (OAB Londrina)

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