Se depender do governador gaúcho Eduardo Leite, não vai ter prévias no PSDB. Em desvantagem na disputa interna, Leite propôs por meio de aliados adiar a votação prevista para o próximo domingo (21/11).
Jutahy Magalhães Junior (BA) e João Almeida (MG), coordenadores da campanha de Eduardo Leite, fizeram a proposta de adiamento aos demais adversários.
O governador de São Paulo, João Doria, e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, condenaram a intenção do governador do Rio Grande do Sul. Virgílio e Doria disseram que o adiamento seria imoral, inaceitável e casuísmo eleitoral.
Os adversários de Leite denunciam ainda uma tentativa de levar o PSDB, após as prévias, a compor com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Uma das possibilidades seria indicar o deputado Aécio Neves (MG) como vice na chapa do atual inquilino do Palácio do Planalto.
Aécio tem repetido que é melhor o PSDB focar na eleição de deputados e senadores, ao invés na candidatura própria à Presidência da República.
Pelo Twitter, o govenador gaúcho negou que pretenda adiar as prévias internas no PSDB. “Não faz sentido postergarmos um processo no qual temos confiança na vitória”, jurou Leite.
Porém, coordenadores de Eduardo Leite sugeriram adiar a votação em uma reunião gravada. O jogo é bruto no ninho tucano, portanto.
Em desvantagem em sondagens internas, o staff de Leite põe a culpa no “aplicativo de votação” pela falta de votos entre os filiados. Segundo o tucano gaúcho, o dispositivo não tem confiabilidade. Uma versão diminuta do bolsonarismo que coloca em dúvida as urnas eletrônicas.
Com um milhão de filiados, cerca de 30 mil se credenciaram para a votação no próximo domingo.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.