Em cinco meses 2.235 indústrias fecham as portas em SP


O estado de São Paulo registrou o fechamento de 2.325 indústrias de transformação e extrativas nos primeiros cinco meses do ano. O resultado é o mais alto para o período na última década e 12% maior que o do ano passado, segundo a Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp).

Entre 2014 e 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro acumulou queda de 4,2%, enquanto o da indústria de transformação em todo o País caiu 14,4%. “Significa que a produção caiu bastante e obviamente teve impacto nas empresas, com fechamento de fábricas e demissões”, disse o economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, em reportagem ao “Estadão”.

No acumulado do ano (janeiro a maio) a produção industrial nacional apresentou queda de -0,7, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nos primeiros 5 meses deste ano, São Paulo abriu 4.491 indústrias e registrou o fechamento de 2.325. Segundo Mendonça de Barros, tradicionalmente há mais abertura do que baixa de fábricas, mas alerta que isso nem sempre é um indicador positivo. Para ele, independentemente dos números de novas indústrias, a queda do PIB industrial mostra que houve encolhimento da produção e, provavelmente, foram fechadas empresas grandes e médias e abertas unidades de menor porte.

Entre as empresas que fecharam fábricas este ano estão PepsiCo/Quaker (RS), PepsiCo/Mabel (MS), Kimberly-Clark (RS), Nestlé (RS), Malwee (SC), Pirelli (Gravataí-RS), Britânia (BA) e Paquetá (BA).