Elio Gaspari vê o “novo” em Joaquim Barbosa. Será que ele é?

O colunista Elio Gaspari, da Folha, gastou os principais bytes deste domingo (22) para elogiar o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, presidenciável do PSB, como o “novo” nas eleições deste ano. Mas será mesmo que o “socialista” encarna a “novidade” do ponto de vista da ruptura com tudo que aí está? O Blog do Esmael afirma que Gaspari está equivocado.

Joaquim Barbosa, apesar da biografia e da origem humilde, ainda não diz a que veio. Há pressões do PSB para que ele apresente propostas para a economia que sejam simpáticas ao mercado financeiro, qual seja, mais do mesmo. Além disso, reconhece o próprio articulista da Folha, o ex-presidente do Supremo não emite opinião sobre temas polêmicos como a reforma da previdência (fim das aposentadorias).

“Ou ele dá um passo adiante e diz a que vem ou fritam-no”, cobra Gaspari.

Para vencer uma eleição presidencial, não bastará em 2018 o candidato posar de “Batman” ou coisa que o valha. Este modelo é o que o Brasil já vive — de “combate à corrupção” – cujo resultado prático é perda de direitos da sociedade e dos trabalhadores, a exemplo da reforma trabalhista, que reintroduziu no país a semiescravidão. Ou seja, elevar o grau do punitivismo estatal, prender gente, não enche a barriga de ninguém.

Se Joaquim Barbosa cair no canto da seria do mercado e da mídia, para utilizar a expressão de Elio Gaspari, passará a imagem para o eleitorado de “gato velho como se fosse lebre nova”, portanto, teria um voo de galinha na campanha.