O editorial do Estadão, neste domingo (2/5), briga com a realidade e os fatos. Parece que o editorialista ‘fumou coisa estragada’ antes de produzir tal estultice.
Segundo a opinião negacionista do jornalão paulistano, o ex-presidente Lula não foi vítima de ação persecutória de um juiz parcial, que, a despeito da Operação Spoofing, Sergio Moro e Deltan Dallagnol agiram dentro do Estado Democrático de Direito.
“Agora, observa-se a tentativa, por parte do ex-presidente Lula e de seus seguidores, de realizar outra extrapolação dos efeitos jurídicos da Lava Jato, em sentido inverso. Pretende-se que decisões processuais sobre o juízo da 13.ª Vara Federal de Curitiba realizem uma reabilitação política de Luiz Inácio Lula da Silva”, diz trecho do editorial.
O Estadão nega as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceram a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba e a suspeição do ex-juiz Sergio Moro.
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O editorialista afirma que a corte “não declarou que ele não cometeu os crimes pelos quais foi denunciado” pela Lava Jato.” Simplesmente foi dito qual era o juízo competente para conduzir os processos.” Mentira.
Segundo a Constituição Federal, ninguém é culpado até o trânsito julgado da ação penal. No caso de Lula, agora, sequer há processo contra o ex-presidente Lula.
Lula não só foi reconhecido inocente como também foi reabilitado politicamente e, por não ser enquadrado na Ficha Limpa, poderá concorrer à Presidência em 2022.
Para desespero do editorialista lavajatista, Lula está livre, leve e solto e poderá voltar ao Palácio do Planalto.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.