E o confisco da poupança previdenciária, como fica?

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O Blog do Esmael anotou ontem que os servidores do judiciário terão em parcela única de reposição de 8,17%. Que fique claro que o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) nada faz do que cumprir a lei, diferente da postura do governador Beto Richa (PSDB) que inicialmente propôs 5% para professores e servidores em greve.

É verdade que o judiciário tem rubrica orçamentária  “própria”, mas trata-se de dinheiro público e por isso mesmo depende de anuência da Assembleia Legislativa. Portanto, o distinto público não pode encarar a Justiça como uma ilha isolada da realidade paranaense.

Dito isto, é bom recapitularmos que o dia de ontem foi muito intenso no Centro Cívico. Os deputados da base de sustentação governista foram ao Palácio Iguaçu dar o seguinte recado: “ou dá ou desce”; ou seja, ou Richa concede os 8,17% ou eles não têm como segurar o trâmite do processo de impeachment que chegou na tarde desta segunda-feira (26) à Assembleia.

Na manhã de hoje (26), a bancada aliada do tucano se reuniu para “fechar questão” acerca do índice de reposição favorável aos servidores e contra a punição dos grevistas.

Mas a questão que não cala: E o confisco da poupança previdenciária, como fica? Até as capivaras do Parque Barigui sabem que o massacre no dia 29 de abril foi motivado pelo saque ao dinheiro dos servidores — coisa de R$ 8,5 bilhões. Pelo que se sabe, Assembleia, Tribunal de Contas, TJPR e governo estão fazendo a festa com essa bufunfa surrupiada.

Economia

Seria de bom alvitre a bancada governista, neste momento que busca o perdão e minimizar a crise de imagem, fazer autocrítica na prática e propor a revogação do projeto 252/15 – do confisco da previdência – devolvendo o dinheiro que pertence a todos os funcionários públicos do Paraná.

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