Doria brinca com Bolsonaro enquanto pessoas continuam morrendo no País

  • A APEOESP denuncia que os educadores estão sendo enviados ao abatedouro pelo governo tucano

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), resolveu subir no picadeiro e brincar sobre sua sexualidade com o presidente Jair Bolsonaro enquanto o Brasil soma 350 mil mortos na pandemia.

Neste sábado (10/4), Bolsonaro xingou Doria de “patife” durante visita a uma família venezuelana nos arredores de Brasília. O presidente fez passeio de moto, lanchou numa padaria e entrou numa igreja.

“Viver num país que um governador como o de São Paulo faz um decreto que fecha tudo. O comércio de São Paulo está todo à venda ou passando o ponto. O pessoal do Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) me falou que não plantam mais tomate porque não estão vendendo, os bares, restaurantes fecharam… Quando voltar a abrir, o preço do tomate vai estar caro, aí o governador vai culpar a inflação para cima de mim. Então esses, como esse patife, querem é quebrar o estado, quebrar o Brasil para depois apontar o responsável. Esse patife que usou meu nome para se eleger”, declarou Bolsonaro.

Como resposta ao presidente, João Doria partiu para a ironia ao brincar com a própria sexualidade. “Calma Jair Bolsonaro. Pelo jeito, a primeira dose da vacina antirrábica não foi suficiente. É muito amor pela minha calça apertada”, escreveu no Twitter.

Enquanto Bolsonaro e Doria trocam farpas nas redes sociais, brincam com suas esquisitices, o Brasil segue “falecendo” em decorrência da covid.

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Segundo o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), o estado de São Paulo é o que mais tem óbitos pela doença. Na unidade da federação dirigido pelo PSDB já são 2.618.067 casos e 81.750 mortes desde o início da pandemia. Como se vê, uma situação nada confortável e incompatível com piadinhas.

Pelo que se vê, o govenador João Doria pretende ampliar ainda mais o número de defuntos em São Paulo. Ele não quer perder essa liderança.

As escolas estaduais de São Paulo se preparam para receber alunos presencialmente a partir de segunda-feira (12/4), com o retorno à fase vermelha da quarentena, que permanecerá em vigor até 18 de abril.

Note que Doria determinou corretamente a suspensão de cultos e missas, visando conter o vírus, no entanto, ele agora trabalha pela aglomeração nas escolas da rede pública estadual. Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional a restrição de cerimônias religiosas por estados e municípios.

A APEOESP, Sindicato dos Professores, denuncia que os educadores estão sendo enviados ao abatedouro pelo governo tucano. A entidade denuncia ainda que a vacinação da educação não ocorre em massa, como se divulga na mídia. “Apenas ‘partes’ da categoria”, diz Professara Bebel, presidenta da entidade. “Estão tirando a gente do isolamento e nos colocando na linha de frente, sem vacina”.