Disputa eleitoral entre Enio e Pupin esquenta em Maringá

por Danilo Marconi, via Folha de Londrina

Enio e Pupin fazem corpo a corpo.
A temperatura subiu em Maringá com a aproximação da votação neste segundo turno, quando quase 260 mil eleitores voltam à s urnas na cidade. A disputa pela prefeitura e por um orçamento anual de cerca de R$ 870 milhões está acirrada. A última pesquisa Ibope apontou empate técnico entre os candidatos Carlos Roberto Pupin (PP) e àŠnio Verri (PT), e militantes travam uma verdadeira batalha nos bastidores na tentativa de convencer os últimos eleitores indecisos, ponto chave desta eleição.

Dirigentes petistas afirmam que mais de 3 mil pessoas trabalham nas ruas da cidade pela eleição de Verri. Pupin tem ao lado a máquina pública e como aliado a família Barros, que detém há muito tempo o poder político local. Esta disputa está estampada em várias vias públicas da cidade. à‰ comum encontrar no mesmo cruzamento as propagandas dos dois candidatos.

No início deste semana, a 137 Zona Eleitoral apreendeu vasto material apócrifo que discorria sobre o imbróglio em torno da candidatura de Pupin. Ele teve a candidatura questionada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) por conta das vezes em que, na condição de vice, assumiu o Executivo, gerando dúvidas sobre se ele estaria agora concorrendo a um ”terceiro mandato”. Mas o registro foi deferido no último dia 4 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a coligação do PT recorreu.

Dos tribunais à  delegacia. Nesta semana, três pessoas ligadas aos candidatos registraram boletins de ocorrência por ameaças. Um homem armado teria invadido um comitê político, outro teria sido agredido verbalmente e um terceiro teve material de campanha roubado na rua pelo grupo adversário.

Pupin argumentou justamente que esta vem sendo a maior dificuldade enfrentada na campanha. ”Estamos enfrentando muitas dificuldades pela militância aguerrida que tem o PT, são muitas inverdades ditas sobre minha candidatura, isso eles sabem fazer muito bem. Acho isso prejudicial para a campanha como um todo, não só contra a minha candidatura, perde o maringaense”, criticou.

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”Eles escolheram um caminho ilegal e é isso que estamos questionando. Se for provado que o que ele está fazendo é legal, não tem problema. Agora, nós estamos convencidos que ele está querendo se sobrepor a lei e tem limites, nosso país é republicano e democrático e as instâncias têm que ser respeitadas”, rebateu àŠnio Verri.

A capacidade administrativa dos candidatos também é tema da campanha. ”Se você ler a peça de defesa do meu adversário junto ao TSE, você vê que ele comenta ter assumido poucas vezes a prefeitura e na propaganda eleitoral afirma ter larga experiência na gestão pública. Onde está a verdade? A experiência de vice-prefeito não é determinante para o gestor público. O que Maringá precisa nesse estágio de crescimento é de planejamento, não continuísmo”, afirmou Verri.

”Eu fui um vice que assumiu 28 vezes a Prefeitura de Maringá, um ano de gestão minha nesses oito (anos) do prefeito Silvio Barros. Estive presente em todas as decisões dessa administração e sinto estar muito preparado para continuar fazendo as coisas por Maringá. Meu adversário pode falar de qualquer compromisso, mas sentando lá (na cadeira de prefeito) pode dizer que não sabia porque tem pouca experiência na administração de Maringá”, disse Pupin.

Ambos tentam conquistar os últimos votos com trabalho corpo a corpo com o eleitor. Anteontem, Pupin cumpriu quatro agendas políticas. Verri, cinco. Eles terminaram o dia com uma passeata em regiões distintas da cidade. A FOLHA vai acompanhar a apuração dos votos domingo em Maringá, além da festa do vencedor.

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