Direito de resposta para o Demônio: 'É fake a montagem ao lado de Bolsonaro'

Carluxo infantilizou o debate presidencial ao nível da 5ª série do ensino fundamental

O melhor do brasileiro são os memes, ou não? Na discussão infantilizada sobre adoradores de Capeta, Maçonaria, Servos de Baphomet, dentre outras bobagens, não poderia faltar o pedido de direito de resposta para o Demônio.

– É fake. Fizeram essa montagem com a intenção de manchar a reputação do Demônio – escreveu um internauta no Twitter.

O site ‘Sensacionalista’ não iria perder essa, evidentemente. A publicação hoje está abrigada no Globo cravou: “Baphomet nega relação com Bolsonaro: ‘Deus me livre’”.

Baphomet, ou Bafomé, é o ídolo pagão associado à Maçonaria e ao satanismo. Segundo o humorístico ‘Sensacionalista’, ele se manifestou contra o ataque à sua reputação.

“Deus me livre, quero distância”, disse o chifrudo. “As pessoas me relacionam ao ocultismo, mas nunca comprei 51 imóveis com dinheiro vivo, fiz rachadinha em meus gabinetes, escondi gastos escandalosos com gasolina e cartão corporativo, nunca ocultei nada disso”.

A discussão de 5ª série do ensino fundamental no segundo turno da eleição presidencial foi deflagrada pelo vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), o Carluxo, filho do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A infantilização do discurso eleitoral é uma tática diversionista do bolsonarista para não prestar contas da desgraça nos últimos quatro anos: aumento da pobreza, dos preços e da fome com 33 milhões que não têm o que comer, vadiagem e passeios de motocicletas, desumanidade e desrespeito às mulheres, descaso com a vida de 700 mil pessoas que morreram na pandemia.

No entanto, ao que mostrou a pesquisa Ipec, a primeira do segundo turno, isso tudo não está funcionando. O ex-presidente Lula (PT) abriu a corrida pelo Palácio do Planalto com 55% dos votos válidos, contra 45% de Bolsonaro.

Se o Demônio tem direito de resposta, o ‘Coiso’ também tem. O espaço está aberto.

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