A presidenta Dilma Rousseff (PT), contrariando seu discurso na campanha pela reeleição, anunciou ontem (29) medidas de ajuste fiscal que sacrificam benefícios sociais dos trabalhadores brasileiros.
Sob o pretexto de economizar R$ 18 bilhões — ou 03,% do Produto Interno Bruto (PIB) — a mandatária pôs a ‘crise de caixa’ na conta de programas sociais, que ela dizia não mexer “nem que vaca tussa”.
O senador Roberto Requião (PMDB), que coordenou no Paraná a campanha da petista no segundo turno, não economizou críticas e ironias a Dilma: “Nem que a vaca tussa?”, tuitou, como se dissesse “fui enganado”.
NEM QUE A VACA TUSSA?
— Roberto Requião (@requiaopmdb) 30 dezembro 2014
Orientado pelo futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, preposto de banqueiros e do mercado financeiro, o governo Dilma vai dificultar acesso ao pagamento de seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte, auxílio doença e seguro defeso (pago a pescador artesanal).
Em menor grau, as restrições também atingem o financiamento estudantil que passa a exigir média de 450 pontos no Enem e veto a uso simultâneo do Fies e ProUni.
O cerne da questão é: haverá reação por parte das centrais sindicais como CUT, UGT, CTB e Força Sindical ou os líderes laborais já foram abduzidos! pelo sistema governamental, através de participação em conselhos nas estatais e outras prebendas oficiais?
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.