Dilma: “O partido conservador mais forte é o partido da mídia”

A presidenta eleita Dilma Rousseff, derrubada em 2016, disse ao jornal argentino Página 12 que “o partido conservador mais forte é o partido da mídia” cuja liderança pertence à Globo. Na reportagem, ela falou que as eleições deste ano devem ser um reencontro democrático, a prisão política de Lula, o golpe e a violência das elites para manter o controle social no país.

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Dilma Rousseff fica séria quando perguntada pelo Página 12 se confia no povo brasileiro. “Totalmente”, diz ela e explica: “O povo brasileiro é a única força que impede e pode evitar grandes catástrofes. É por isso que eles [elites] não querem deixá-lo votar. Porque eles [os brasileiros] não votarão neles. Esse é o problema”.

A presidenta eleita esteve em Buenos Aires, na Argentina, no 1º de Maio, onde participou de todos os eventos pela liberdade de Lula organizados por Umet, Clacso, o Editorial de Outubro e a Confederação Geral do Trabalho. Ela detalhou aos presentes o que aconteceu no sábado, 7 de abril, antes de Lula concordar em ir para a prisão e se despedir de todos que estavam no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP).

“Lula, em todas as pesquisas, desde o início de 2017 é o candidato preferido do eleitorado. Ele cresce mais e mais, embora tenha sido preso. Eles começam a apostar na destruição de Lula, porque os partidos conservadores da direita estão destruídos. Mas o partido conservador mais forte hoje é o partido da mídia. O partido de cinco grupos oligopolistas do Brasil. A direção desse partido é da TV Rede Globo”, denunciou ao jornal argentino.

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