O dia trabalhado para quem recebe salário mínimo não compra um quilo de contrafilé nos principais açougues do País. A carne custa R$ 49,90/kg e a diária do mínimo é de apenas R$ 33,26.
A perda do poder de compra do salário mínimo nacional, de R$ 998, é uma das facetas do desastroso projeto neoliberal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do ministro da Economia, Paulo Guedes.
O desemprego na casa de 13 milhões de pessoas e o aumento dos precarizados para 40 milhões totalizam mais da metade da população economicamente ativa com dificuldades de obter 1 kg da proteína animal por dia trabalhado. São 53 milhões de pessoas que trocaram o nosso filé de cada dia pelo ovo de galinha.
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Em algumas áreas nobres de São Paulo, como os Jardins, o preço do contrafilé chegou a R$ 105/kg e o filé mignon a R$ 115.
Se o cidadão ainda precisar de gás para cozinhar o alimento, aí fica mais proibitiva a carne de primeira. O botijão de 13 kg subiu nesses tempos de Guedes e Bolsonaro para mais de R$ 100.
Voltemos às carnes.
O preço do boi gordo no pasto subiu cerca de 35,5% nos últimos dias e os reajustes ocorrem diariamente nas prateleiras de supermercados e nos balcões dos melhores açougues.
De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), desde agosto, o preço do contrafilé subiu acima de 50%, e o coxão mole subiu 46% no período.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.